Zambelli quer usar lei Magnitsky contra Moraes na Itália


Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante uma coletiva de imprensa na sede de seu partido no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo.
Felipe Rau/Estadão Conteúdo
A deputada federal Carla Zambelli articula, por meio de sua defesa, uma tentativa de se beneficiar da chamada Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, para driblar a própria extradição da Itália. A deputada foi condenada no Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A estratégia de Zambelli, segundo integrantes do Partido Liberal (PL) ouvidos pelo blog, é alegar à Justiça italiana que a condenação no Brasil foi conduzida por um juiz que foi enquadrado na lei Magnitsky.
O objetivo é alegar ter havido perseguição política e, com isso, tentar cumprir a pena na Itália, onde Zambelli está presa. A informação foi confirmada pela coluna da Malu Gaspar, no O Globo, e confirmada pelo blog.
O plano ganhou fôlego após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionar o ministro Alexandre de Moraes, que conduziu o caso. Moraes foi incluído na Magnitsky após articulação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em retaliação ao magistrado que conduz o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
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O também ministro do STF, Gilmar Mendes, determinou, na última semana, que a Advocacia-Geral da União inclua no pedido de extradição de Zambelli o caso da perseguição armada por parte da parlamentar na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
No PL, a avaliação é de que Zambelli não tem mais saída nem na Câmara, onde enfrenta processo de cassação, nem no Judiciário. Parte da bancada já considera o caso encerrado.
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