A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu, em posicionamento enviado ao blog nesta segunda-feira (28), “bom senso” do governo brasileiro nas negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump.
Na nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, reitera sua oposição ao aumento das tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras, classificando a medida como “expressiva e injustificável”.
A entidade afirmou já ter feito diversas tratativas pedindo a revogação ou, pelo menos, a prorrogação por 90 dias do chamado “tarifaço”, e cobra que a investigação aberta pelos Estados Unidos — no âmbito da Seção 301 — siga os trâmites formais, com base em critérios técnicos.
Segundo a CNI, não há justificativa econômica ou comercial para o salto da tarifa de um patamar de 10% para até 50%.
A entidade alertou para a possibilidade de que o caso esteja sendo contaminado por motivações políticas, o que considerou como “inaceitável” para as relações comerciais entre os dois países.
Na nota, a CNI também defendeu uma postura pragmática, “desideologizada”, e disse esperar que recentes equívocos sirvam de aprendizado para o futuro das negociações bilaterais.
Veja o posicionamento da CNI na íntegra:
“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vem a público reiterar sua posição sobre a provável implantação do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.
Já nos manifestamos, realizamos diversas tratativas e reivindicamos a revogação e até mesmo a prorrogação por 90 dias do chamado “tarifaço”. Também pedimos que a recente “investigação” aberta pelo EUA seguisse o processo formal.
Como é de pleno conhecimento de todos os brasileiros e americanos, não existe qualquer justificativa econômica/comercial para o Brasil ter saído de uma posição do “piso” de 10% para uma inexequível posição de “teto” de 50%.
Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada de posições políticas e geopolíticas! O que, certamente, seria inaceitável para não só às relações comerciais, bem como para toda a sociedade brasileira e americana. É imperativo refletir sobre possíveis equívocos de natureza política/ideológica que tenham agravado a presente situação.
O Brasil precisa priorizar seus reais interesses, em nome do bem comum de todos e da verdadeira soberania de qualquer nação: o que realmente importa é o que traz benefícios e entregas para seu povo!
Vamos olhar objetivamente para frente e termos os recentes equívocos como um grande aprendizado para enfrentar os futuros desafios. Temos observado referências de outros países que, definitivamente, estão negociando e buscando bons termos independentemente de posições ideológicas e geopolíticas.
Vamos focar em clarificar os entendimentos que levam a posições políticas exacerbadas. Devemos ser pragmáticos nas discussões meramente técnicas como temos visto por parte de outros países em desenvolvimento. Devemos manter uma das maiores conquistas do Brasil, de ser uma nação com boa relação internacional com todos (friendly). Enfim, acreditamos que se mantivermos uma posição de focar em esclarecer e desmistificar os equívocos, não perderemos qualquer conceito de soberania.
Sim, devemos buscar não perder a razão e manter a nítida e clara postura de enfrentar os desafios de forma retilínea e com altivez de quem, efetivamente, quer o melhor para a sua sociedade. Mesmo tendo que enfrentar situações adversas e ou provocativas. Afinal, o equilíbrio e o bom senso sempre prevalecem.
Somos, definitivamente, contrários a qualquer escalonamento das discussões do comércio bilateral entre o Brasil e os EUA, assim como nos colocamos a inteira disposição para os pertinentes alinhamentos necessários ao processo de negociação, inclusive para o atual processo da investigação da Seção 301 aberta pelos EUA. O Brasil é da nação brasileira, composta por todos brasileiros e suas instituições. Esperamos o consenso e o bom senso para o desfecho desse equívoco que é taxação de 50% sobre as exportações brasileiras.”
Na nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, reitera sua oposição ao aumento das tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras, classificando a medida como “expressiva e injustificável”.
A entidade afirmou já ter feito diversas tratativas pedindo a revogação ou, pelo menos, a prorrogação por 90 dias do chamado “tarifaço”, e cobra que a investigação aberta pelos Estados Unidos — no âmbito da Seção 301 — siga os trâmites formais, com base em critérios técnicos.
Segundo a CNI, não há justificativa econômica ou comercial para o salto da tarifa de um patamar de 10% para até 50%.
A entidade alertou para a possibilidade de que o caso esteja sendo contaminado por motivações políticas, o que considerou como “inaceitável” para as relações comerciais entre os dois países.
Na nota, a CNI também defendeu uma postura pragmática, “desideologizada”, e disse esperar que recentes equívocos sirvam de aprendizado para o futuro das negociações bilaterais.
Veja o posicionamento da CNI na íntegra:
“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vem a público reiterar sua posição sobre a provável implantação do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.
Já nos manifestamos, realizamos diversas tratativas e reivindicamos a revogação e até mesmo a prorrogação por 90 dias do chamado “tarifaço”. Também pedimos que a recente “investigação” aberta pelo EUA seguisse o processo formal.
Como é de pleno conhecimento de todos os brasileiros e americanos, não existe qualquer justificativa econômica/comercial para o Brasil ter saído de uma posição do “piso” de 10% para uma inexequível posição de “teto” de 50%.
Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada de posições políticas e geopolíticas! O que, certamente, seria inaceitável para não só às relações comerciais, bem como para toda a sociedade brasileira e americana. É imperativo refletir sobre possíveis equívocos de natureza política/ideológica que tenham agravado a presente situação.
O Brasil precisa priorizar seus reais interesses, em nome do bem comum de todos e da verdadeira soberania de qualquer nação: o que realmente importa é o que traz benefícios e entregas para seu povo!
Vamos olhar objetivamente para frente e termos os recentes equívocos como um grande aprendizado para enfrentar os futuros desafios. Temos observado referências de outros países que, definitivamente, estão negociando e buscando bons termos independentemente de posições ideológicas e geopolíticas.
Vamos focar em clarificar os entendimentos que levam a posições políticas exacerbadas. Devemos ser pragmáticos nas discussões meramente técnicas como temos visto por parte de outros países em desenvolvimento. Devemos manter uma das maiores conquistas do Brasil, de ser uma nação com boa relação internacional com todos (friendly). Enfim, acreditamos que se mantivermos uma posição de focar em esclarecer e desmistificar os equívocos, não perderemos qualquer conceito de soberania.
Sim, devemos buscar não perder a razão e manter a nítida e clara postura de enfrentar os desafios de forma retilínea e com altivez de quem, efetivamente, quer o melhor para a sua sociedade. Mesmo tendo que enfrentar situações adversas e ou provocativas. Afinal, o equilíbrio e o bom senso sempre prevalecem.
Somos, definitivamente, contrários a qualquer escalonamento das discussões do comércio bilateral entre o Brasil e os EUA, assim como nos colocamos a inteira disposição para os pertinentes alinhamentos necessários ao processo de negociação, inclusive para o atual processo da investigação da Seção 301 aberta pelos EUA. O Brasil é da nação brasileira, composta por todos brasileiros e suas instituições. Esperamos o consenso e o bom senso para o desfecho desse equívoco que é taxação de 50% sobre as exportações brasileiras.”