
Rafaella foi encontrada morta no bairro Vila Celeste e Alef foi preso quatro meses depois na Colômbia
Reprodução
O réu Alef Teixeira de Souza vai a júri popular nesta quinta-feira (14), em Ipatinga, acusado de matar a companheira Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos, com agressões físicas, tortura e aplicação forçada de cocaína. O crime foi em abril de 2023.
Segundo o Ministério Público, além do feminicídio, Alef também irá responder por tráfico de drogas, já que teria fornecido e injetado entorpecentes na vítima de forma contínua e sem autorização legal. A denúncia aponta que ele aumentava gradativamente as doses até provocar a overdose fatal.
Alef Teixeira foi preso na cidade de Costa Rica, na Colômbia, em agosto de 2023, após ter o nome incluído na lista de procurados da Interpol.
Segundo o MP, além de homiAlef também irá responder por tráfico de drogas, já que teria fornecido a substância à vítima de forma contínua e sem autorização legal.
O crime foi denunciado com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O Ministério Público também destacou que o réu submetia Rafaella a intenso sofrimento físico e psicológico, em um contexto de violência doméstica e familiar.
A sessão do Tribunal do Júri acontecerá às 9h, na Câmara Municipal de Ipatinga, no Vale do Aço.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Alef mantinha um relacionamento com Rafaella havia cerca de dois meses, período no qual ela teria sido vítima de agressões físicas constantes.
Os episódios ocorriam dentro da casa onde viviam, com a presença das duas filhas da vítima, de 10 e 14 anos.O MPMG considerou o abalo emocional causado às crianças como circunstância agravante, a ser levada em conta na fixação da pena.
Segundo a acusação, réu injetava cocaína na companheira de forma reiterada, aumentando a dosagem até causar a morte por intoxicação aguda. Laudos indicam múltiplas lesões, hematomas e marcas de agulha nos braços da vítima.
Após o homicídio, Alef teria usado o celular e as redes sociais de Rafaella para enviar mensagens aos familiares, fingindo que ela estava viva, e depois desativado todas as contas.
Caso seja condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão apenas pelo homicídio qualificado, além da pena pelo crime de tráfico de drogas. O caso também é enquadrado na Lei Maria da Penha e na Lei de Crimes Hediondos.
Relembre o caso
Preso na Costa Rica suspeito de matar mulher em Ipatinga
Rafaella foi encontrada morta na casa onde morava com Alef, no bairro Vila Celeste, em Ipatinga no dia . Segundo a investigação, ela sofreu agressões físicas e foi submetida à aplicação forçada de cocaína, o que teria causado uma overdose fatal.
Rafaella e Alef mantiveram um relacionamento por cerca de dois meses, iniciado por meio de um aplicativo. Durante esse período, familiares e colegas relataram mudanças no comportamento dela, incluindo distanciamento das duas filhas e uso de roupas para esconder marcas de agulha nos braços. De acordo com a Polícia Civil, o réu teria deixado a companheira dependente da droga.
No dia do crime, o casal teria discutido duas vezes. Pela manhã, Rafaella desmaiou após ser agredida, e o suspeito chegou a comunicar à família que ela havia morrido. Horas depois, houve uma nova briga. A vítima tentou escapar para o andar inferior da residência, deixando marcas de sangue nas paredes e no chão. Agulhas também foram encontradas pela perícia nos cômodos da casa.
Além do processo pelo feminicídio de Rafaella, Alef responde a outra ação penal em São Paulo, por tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira em 2021. A polícia ainda apura a possível ligação do suspeito com um terceiro caso, supostamente ocorrido nos Estados Unidos.
À época da prisão, o advogado de Alef afirmou que o cliente não havia sido detido e que pretendia se apresentar voluntariamente. Disse que procurou a Polícia Civil, mas não recebeu retorno, e alegou que o réu era dependente químico e estava com medo. Ainda segundo o defensor, Alef aguardava o momento certo para se entregar e teria direito à ampla defesa.
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