Homem foi atacado por onça ao defender cães no Pantanal: ‘o sentimento é de tristeza’


Homem lutou com onça para sobreviver a ataque no Pantanal
Valdinei da Silva Pereira, de 57 anos, contou que foi atacado por uma onça após tentar defender os cães. O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (6), em Corumbá, cidade no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
O porteiro foi atingido no lado direito do rosto e conseguiu se defender com um pedaço de madeira. Na manhã de quinta-feira (7), ele foi atendido na Santa Casa do município e liberado horas depois, após tomar cinco injeções.
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“O sentimento da gente é a tristeza. A gente cuida do bichinho e onça vem comendo os animais que você cuida […] Daí, chega na hora, o bicho vem, come e fica por isso mesmo. Ninguém está fazendo nada”, relatou a vítima.
Valdinei contou que a onça ronda a região desde maio, quando aconteceu o primeiro ataque. “Dia 1º de maio foi a cachorra, na porta de casa. Dia 6 de maio foi o macho, também que eu fui para cima, largou morto, mas não levou. Agora, essa aí de ontem”.
Ele acredita que a onça voltou para pegar os dois filhotes que estavam no local.
“Eu acho que se ela tivesse me pegado e me derrubado, ela tinha acabado comigo. Não estava nem aqui para contar a história, né?”, finaliza.
2º ataque
O caso de Valdinei é o segundo ataque de onça a pessoas registrado em Mato Grosso do Sul este ano. Em abril, o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, morreu após ser atacado por uma onça-pintada.
A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul confirmou que a onça-pintada capturada em abril deste ano, no Pantanal, foi a responsável pela morte do caseiro Jorge Avalo. O homem morreu aos 60 anos durante um ataque do animal.
O caseiro morreu no dia 21 de abril deste ano, após ser atacado pela onça no pesqueiro onde trabalhava, às margens do rio Miranda, no Pantanal. Jorge trabalhava no local havia 16 anos e já estava acostumado à presença de onças na região.
A onça foi capturada em 24 de abril e levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande. Após três semanas sob cuidados, ganhou 13 quilos e foi transferida ao Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde recebeu o nome Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani.
Homem mostra onde onça arranhou seu rosto, durante ataque no Pantanal
g1 MS
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