AGU aciona Justiça contra Vale e cobra R$ 2 bilhões por extração irregular em área pública

A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou a Justiça Federal nesta quinta-feira (31) contra a mineradora Vale por danos ao patrimônio público na suposta extração ilegal em área ocupada indevidamente na mina do Tamanduá, em Nova Lima.
Ao ajuizar ação no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), a AGU pede que a empresa pague R$ 2 bilhões como forma de reparação e ressarcimento.

De acordo com a AGU, a área ocupada indevidamente pela Vale é reservada para a instalação de um mineroduto da própria empresa. Não existe, no entanto, autorização para que o espaço seja usado para a exploração de atividade mineral.

Segundo o órgão federal, a própria Vale reconheceu a retirada e a comercialização do minério. “Como o recurso natural não pode ser devolvido à União, a única forma de reparação é o ressarcimento financeiro pelos danos causados”, diz nota da AGU.
Procurada pela TV Globo, a Vale informou desconhecer a ação judicial e disse que cumpre a regulamentação e legislação do setor.
A AGU informou que análises técnicas e de imagens geoespaciais produzidas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) comprovaram a ocorrência de extração de minério na área, o que caracteriza uso indevido de bem público.
A área ocupada e explorada de forma irregular em terreno da União corresponde a aproximadamente 66,5 mil metros quadrados de terreno pertencente à União. O tamanho equivale a cerca de nove campos de futebol.

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