
Foram mais de mil doses aplicadas segundo a Sesacre
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Em mais uma edição do Dia D de vacinação contra o sarampo, 10 municípios do Acre aplicaram, ao todo, mais de mil doses durante mutirões nesse sábado (26). A ação contou com aplicações em pontos estratégicos, com o objetivo de impedir que o contágio da doença, que tem avançado na Bolívia, atravesse a fronteira.
Conforme um balanço parcial divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), foram 1.098 aplicações. O município com mais imunizações feitas no sábado foi Mâncio Lima, com 348 doses.
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Sete cidades do Acre fazem fronteira com a Bolívia; faixa tem mais de 600 km
Renato Menezes/Arte g1
O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Sesacre. Oito casos suspeitos estavam em investigação até sexta-feira (25). Na Bolívia, o número de confirmações subiu para 161.
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Diante dos alertas emitidos devido ao surto na Bolívia, o comerciante Paulo Firmino decidiu se vacinar contra o sarampo
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Em Brasiléia, as doses foram aplicadas na Ponte Internacional Wilson Pinheiro, que dá acesso a Cobija. Também houve vacinação na Farmácia Municipal e na Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Monteiro dos Reis.
Quem aproveitou para se imunizar foi o comerciante Paulo Firmino. Ele disse que, ao passar próximo ao ponto de vacinação na Ponte Wilson Pinheiro, sua filha pediu que ele parasse para que eles se imunizassem.
“Resolvi porque nas últimas três semanas eu tenho visto, acompanhado as reportagens, sobre a incidência de sarampo aqui em Cobija, na Bolívia. E ao passarmos pelo posto aqui, minha filha pediu para parar, que ela ia se vacinar e eu lembrei das reportagens [para] me vacinar também. Principalmente quem mora aqui em Epitaciolândia, Brasiléia, é bom sempre estar precavido, é bom se vacinar”, alertou.
No lado Boliviano, o sábado também foi de Dia D. Na cidade de Cobija, vizinha a Brasiléia e Epitaciolândia, a dona de casa Vera Roca garantiu a imunização.
“Agora na Bolívia temos uma grande quantidade de pessoas que estão adoecendo. Para prevenir, todos que vivemos aqui, e cuidar da família. Venham se vacinar e proteger a família, os filhos, que são os mais importantes”, ressaltou.
A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.
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O diretor do Plano Nacional de Imunizações (PNI), Éder Gatti, que está no Acre para apoiar o reforço na vacinação e a capacitação de servidores da saúde, destacou a importância da procura pelos imunizantes para garantir que o contágio não chegue ao estado.
“A população deve procurar os postos de saúde, quem tem de um a 59 anos, em qualquer município, procure postos de saúde, coloque a vacinação em dia para se proteger e proteger a sua família”, recomendou.
Balanço
Vacinação contra o sarampo no Acre
Arquivo/Prefeitura de Brasiléia
Foram cerca de 1.098 doses aplicadas nos locais de vacinação do Dia D contra o sarampo. De acordo com a Sesacre, os números são parciais. Confira:
Acrelândia: 150 doses
Brasiléia: 74 doses
Epitaciolândia: 153 doses
Assis Brasil: 34 doses
Mâncio Lima: 348 doses
Plácido de Castro: 108 doses
Xapuri: 70 doses
Capixaba: 0 doses
Rio Branco: 73 doses
Manoel Urbano: 88 doses
Vacinação contra o sarampo na Bolívia
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Como identificar se a vacina está em dia?
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Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.
“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.
As demais orientações dadas pela profissional são:
Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.
*Colaborou o repórter Eldérico Silva, da Rede Amazônica Acre.
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