Meninas de 7 e 8 anos escrevem livro sobre bullying no interior de SP: ‘Todo mundo é igual’


Amigas de 7 e 8 anos escrevem e publicam livro infantil sobre bullying em Birigui
Duas crianças de Birigui (SP), que são vizinhas, transformaram uma tarde de brincadeiras em um projeto com propósito especial. Mariah, de 7 anos, e Maria Clara, de 8, são as autoras do livro “A gatinha Júlia”, que tem como tema o bullying infantil.
A história da gatinha cinza que sofre rejeição dos outros animais da vila começou como um jogo de imaginação, mas logo ganhou contornos reais com o incentivo da mãe de Mariah, Graciela Franco.
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Ela percebeu a força da narrativa criada pelas meninas e propôs transformar o enredo em um livro ilustrado. “Elas sentaram, escreveram, ficaram dias escrevendo. Quando eu li a história, achei o máximo e sugeri ilustrar. A partir daí, os pais ajudaram com edição e impressão, mas o livrinho é delas”, conta Graciela à TV TEM.
Mariah e Maria Clara tiveram a ideia de escrever um livro durante brincadeiras.
Reprodução/TV TEM
Com frases como “feiosa Júlia”, os personagens do livro escancararam o tipo de exclusão que muitas crianças enfrentam.
As autoras precisaram reescrever trechos da história porque, segundo Maria Clara, algumas partes estavam “muito tristes”. Mesmo assim, elas decidiram manter a essência do recado.
“A gente tem que compreender e aceitar as diferenças”, disse Mariah.
“Você nunca pode falar mal da pessoa só porque ela é diferente. Todo mundo é igual”, completa Maria Clara.
A primeira tiragem teve 100 cópias e foi lançada em um evento com amigos e familiares. Agora, as autoras mirins se preparam para visitar uma escola e um projeto social da cidade. Nesses encontros, elas vão ler o livro para outros alunos e conversar sobre amizade, empatia e respeito.
As amigas já foram convidadas para bate-papos em escolhas e projetos sociais, para conversar sobre empatia e o bullying.
Reprodução/TV TEM
O pai de Maria Clara, Thiago Ferrarezi, acredita que a obra pode inspirar outras crianças. “Elas abordaram um tema latente de forma muito pura. A mensagem é clara e tocante. Isso precisa chegar a mais pessoas”, afirma.
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