Lula defende nova política de financiamento e afirma que modelo de austeridade ‘não deu certo em nenhum país’


Declaração foi dada durante uma cerimônia do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro. Lula participa de cerimônia do banco do Brics.
Reprodução/ CanalGov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta sexta-feira (4) uma nova política de financiamento por bancos e afirmou que o modelo de austeridade “não deu certo em nenhum país”.
“Vocês podem e devem mostrar ao mundo que é possível criar um novo modelo de financiamento sem condicionalidades. O modelo da austeridade não deu certo em nenhum país do mundo”, afirmou.
“A chamada austeridade exigida pelas instituições financeiras levou os países a ficarem mais pobres, porque toda a vez que se faz austeridade, o pobre fica mais pobre e o rico fica mais rico. É isso que acontece no mundo de hoje e é isso que nós temos que mudar”, prosseguiu.
Segundo Lula, problema do mundo não é econômico, mas político por conta da carência de lideranças. O presidente brasileiro voltou a falar sobre o enfraquecimento da Organização das Nações Unidas e criticou as guerras.
“Há muito tempo eu não via a nossa ONU tão insignificante como ela se apresenta hoje. Uma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel não é capaz de criar o Estado Palestino. Não é capaz de fazer um acordo de paz para que o genocídio do exército israelense continue matando mulheres e crianças inocentes em Gaza. Essas lideranças políticas é que têm que tomar as decisões sobre as questões econômicas”, pontuou.
A declaração de Lula foi dada durante uma cerimônia do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro. A cidade sedia a cúpula do bloco até esta segunda, 7 de julho.
🔎O Brics é um grupo formado por 11 países membros e outros parceiros que funciona como foro de articulação político-diplomática do Sul Global e de cooperação em várias áreas.
🔎Entre os objetivos estão fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros e promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional.
– Esta reportagem está em atualização
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