Cliente leva soco no rosto ao discutir com segurança em camarote durante show de Priscila Senna no Recife; VÍDEO


Cliente é agredido por segurança de camarote após show de Priscila Senna no Recife
Um cliente denunciou que foi agredido por um segurança do camarote Seu Buteco durante o show da cantora Priscila Senna na Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, na noite da quarta-feira (27). Em entrevista ao g1, o professor de inglês Alysson Reis contou que o noivo dele, Edson Nunes, levou um mata-leão de outro vigilante ao procurar saber o que tinha acontecido.
Parte da confusão foi filmada por Alysson. Nas imagens, é possível ver o momento em que o vigia dá um soco no rosto dele (veja vídeo acima). O caso é investigado pela Polícia Civil.
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A noite do show coincidiu com o dia do aniversário de 23 anos de Alysson. Ele disse que, além do noivo, estava com a irmã e um casal de amigos e que decidiu celebrar a data no camarote privado por pensar que seria mais seguro. O g1 tenta contato com a empresa Seu Buteco.
“Eu estava buscando proteção e foi exatamente o que eu não tive. […] Mesmo eu pagando para estar num lugar ‘premium’, que oferece proteção, eu não consigo estar seguro. A pessoa negra não consegue estar segura mesmo ela pagando. A gente pensa que a violência vai vir muitas vezes na área pública, aberta, mas, na área fechada, ela veio também”, afirmou.
Segundo a vítima, a confusão aconteceu por volta das 23h30, no fim do show. Alysson disse que ele e a irmã tinham da área privada, por alguns minutos, para falar com a mãe deles, que estava assistindo à apresentação do lado de fora do camarote. Edson e os amigos ficaram no camarote.
Quando voltaram, de acordo com o professor, os seguranças disseram que os dois não podiam mais entrar. Alysson contou que estava com a pulseira da festa e que, no início do evento, os vigilantes haviam dito que era permitido sair e retornar ao local, desde que apresentasse a identificação.
“Questionei eles, disse que tinha um grupo de amigos lá dentro me esperando e que, inclusive, tinha comprado um balde de cervejas para bebe. E aí eles falaram: ‘ó, mas não vai poder mais tomar bebida, não, espera os seus amigos aqui fora’. Aí eu: ‘mas por que esperar fora?’ Se eu perguntei duas vezes se eu poderia sair, poderia entrar, não é? E eles falaram que não poderia mais, que era a ordem da casa, que a banda interna tinha parado de tocar e eu não poderia entrar”, disse.
Nesse momento, o professor contou que pegou o celular e começou a filmar a discussão. No vídeo, um dos seguranças fala que Alysson não pode gravar e o cliente responde que não vai filmar ninguém, “somente a informação”. Após algum tempo, o profissional tomou o aparelho da mão dele.
Segundo Alysson, depois que conseguiram pegar o celular de volta, o segurança empurrou os dois irmãos para fora do estabelecimento.
Em outro vídeo, Alysson aparece em frente à entrada do camarote e grita várias vezes que foi empurrado por um dos seguranças. Nessa hora, é possível ver um homem se aproximando dele e dando o soco na vítima. “Olha aí, ó, o pessoal do Seu Buteco me deu um murro”, diz o professor nas imagens.
“É possível ver no vídeo também algumas pessoas que estavam do lado de fora, algumas pessoas que estavam junto desses seguranças. Eram dois caras do lado de fora falando assim: ‘ó, é melhor tu sair daqui, não vai dar bom pra tu, não vai dar bom’. […] Então, eu decidi parar o vídeo e, de fato, sair dali, diante dessas ameaças que eu estava sofrendo”, afirmou.
Cliente levou soco no rosto ao discutir com segurança durante show de Priscila Senna no Marco Zero, no Recife
Reprodução/WhatsApp
Golpe de mata-leão
Alysson contou que seguiu com a irmã até uma barraca num lugar próximo e disse ao noivo que tinha sido agredido pelo segurança. Segundo o professor, Edson foi falar com os vigilantes para saber o que havia acontecido.
“Eu volto correndo para lá e, quando eu chego lá, estão os seguranças num tom, assim, de deboche. […] Chegaram, inclusive, por ele buscar essa justificativa, a aplicar um mata-leão no meu noivo. Eram muito seguranças e eu estava do lado de fora vendo ele do lado de dentro com a grade cercando. E ele recebeu o mata-leão […] e os óculos que ele estava usando acabaram cortando um pouco acima do olho dele, assim, no supercílio”, afirmou.
Depois da agressão, Alysson e Edson deixaram o local e seguiram para a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, onde eles moram. Porém, a unidade estava fechada.
Na quinta-feira (28), o casal foi à Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, onde registrou um boletim de ocorrência. Segundo Alysson, a investigação do caso foi encaminhada para a Delegacia de Polícia da 1ª Circunscrição, que fica no Bairro do Recife.
Procurada, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada como lesão corporal e que instaurou um inquérito para apurar todos os fatos.
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