Memorial Rondon: símbolo da história de MT resiste ao tempo e abandono


Inaugurado em 2016, o memorial em homenagem a Marechal Rondon teve uma exposição e fechou
Em meio às paisagens exuberantes do Pantanal mato-grossense, no distrito de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, está o Memorial Marechal Rondon, um espaço histórico e simbólico que homenageia um dos maiores nomes da história do Brasil: o engenheiro militar e sertanista brasileiro Cândido Mariano da Silva Rondon.
Esta matéria faz parte da série de reportagens do g1 em comemoração aos 60 anos da Rede Mato-grossense de Comunicação (RMC), que relembra grandes coberturas realizadas pela TV Centro América.
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Natural de Santo Antônio de Leverger, Marechal Rondon foi responsável por importantes missões de integração nacional, se destacou pelo trabalho com povos indígenas e pela expansão das linhas telegráficas no Brasil. A frase que eternizou a postura humanitária dele, “Morrer se preciso for, matar nunca”, se tornou um símbolo da defesa dos direitos dos povos originários e da paz.
Com o intuito de preservar essas memórias e homenagear o engenheiro militar, o Memorial Marechal Rondon foi criado. Situado no lugar onde Rondon nasceu, o espaço abriga objetos históricos, fotografias, documentos e reproduções que ajudam a contar a trajetória de um dos brasileiros mais respeitados internacionalmente.
O local também é ponto de parada obrigatória para pesquisadores, estudantes, historiadores e turistas interessados em conhecer mais sobre a cultura pantaneira e sobre a vida de um dos primeiros defensores dos direitos indígenas no país.
Memorial Marechal Cândido Rondon, em Mato Grosso.
Reprodução/TVCA
Abandono e descaso
Apesar da importância, o Memorial Rondon enfrenta, há anos, problemas estruturais e de conservação. O que deveria ser um centro de referência histórica sofre com falta de manutenção, infiltrações, estrutura comprometida e ausência de investimento público contínuo.
Com isso, a TVCA produziu algumas reportagens que mostraram que, em vários períodos, o memorial chegou a ficar fechado à visitação por falta de condições básicas de funcionamento. A situação gerou comoção entre especialistas e moradores da região, que passaram a cobrar ações efetivas para garantir a preservação do espaço.
Além disso, há também o desafio de garantir que a memória de Rondon não se perca com o tempo. Sem ações de valorização, o risco é que as novas gerações deixem de conhecer a relevância do marechal para a formação da identidade nacional.
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