
Coreto da Praça Clarimundo Carneiro, em Uberlândia
Prefeitura de Uberlândia/Divulgação
O Coreto Municipal de Uberlândia, localizado na Praça Clarimundo Carneiro e tombado como patrimônio histórico, passou a se chamar Coreto Ladário Teixeira. A mudança foi oficializada na sexta-feira (22), durante a solenidade que celebrou os 100 anos de inauguração do espaço.
A homenagem reconhece o legado do saxofonista uberlandense Ladário Teixeira, referência mundial por suas inovações no instrumento e contribuição à música brasileira.
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“Meu avô é uma pessoa por quem eu tenho uma admiração extraordinária. Laudário Teixeira é um músico muito importante para o Brasil, reconhecido principalmente entre os músicos. Tanto é que Nivaldo Ornelas, um dos nossos maiores saxofonistas, fez um CD em homenagem a ele”, afirmou a jornalista Leilane Neubarth.
O projeto de lei que oficializou a mudança de nome do coreto foi apresentado pelo vereador Zezinho Mendonça e aprovado pelo Legislativo em 2024.
O Coreto Ladário Teixeira integra o conjunto urbanístico que também abriga o Palácio dos Leões e o Museu Municipal, reconhecido como patrimônio histórico desde 1985.
“Além de um talento imenso, Ladário foi responsável por alterações no saxofone que ampliaram as possibilidades de uso do instrumento, tornando-se uma referência mundial. É muito merecida a homenagem de colocarmos o seu nome no Coreto Municipal”, comentou o prefeito Paulo Sérgio.
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Quem foi Ladário Teixeira
Ladário Teixeira
Reprodução/Redes Sociais
Nascido em 10 de setembro de 1895, em Uberlândia, Ladário Teixeira superou desafios desde cedo. Cego de nascença, aprendeu sozinho a tocar saxofone ainda na infância, transformando o instrumento em sua voz para o mundo.
Ao longo da carreira, realizou apresentações no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, encantando plateias com sua técnica e sensibilidade.
Uma de suas maiores contribuições foi a criação do “Modelo Ladário Teixeira”. Durante uma turnê europeia, ele visitou a fábrica francesa Selmer e sugeriu alterações que ampliaram em 15 o número de notas do saxofone, tornando-o mais versátil. O modelo foi adotado por fabricantes internacionais e brasileiros, consolidando seu nome na história da música.
Além da genialidade como instrumentista, também atuou como professor e defensor dos direitos das pessoas com deficiência visual, após aprender o sistema Braille no Instituto Benjamin Constant.
Composições como as “Fantasias de Concerto”, o fox-trot “Soluços de Jegue” e o tanguinho “Canto do Galo” estão entre suas obras mais conhecidas.
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