USP em São Carlos sedia novo instituto nacional dedicado à qualidade dos alimentos


INCT-ALIM monitora resíduos e contaminantes em alimentos
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O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Alimentos (INCT-ALIM) vai ser sediado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) em 2026. O projeto reúne mais de 100 pesquisadores de todas as regiões do país.
O novo centro científico será voltado à avaliação de riscos à saúde, à caracterização de alimentos funcionais e à gestão de laboratórios especializados em segurança alimentar.
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Com foco no desenvolvimento e aplicação de métodos para detectar resíduos e contaminantes em alimentos, o instituto investirá em pesquisas de ponta, na aquisição de equipamentos, na capacitação de jovens cientistas e na concessão de bolsas.
Fernando Mauro Lanças, professor do IQSC que é referência nacional em química analítica e coordenador do novo INCT
Divulgação/IQSC-USP
Coordenado pelo professor Fernando Mauro Lanças, o projeto fortalece a articulação entre instituições públicas, centros de pesquisa e órgãos reguladores.
“A proposição do INCT‑ALIM ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta desafios complexos como aumento do consumo de ultraprocessados, insegurança alimentar e mudanças climáticas que afetam a produção”, disse o professor.
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Atuação do novo instituto
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT-ALIM) é sediado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC‑USP)
Sandra Zambon IQSC
Entre as áreas de atuação da rede está o monitoramento de compostos potencialmente cancerígenos. O novo instituto foi estruturado em cinco eixos científicos, todos voltados a assegurar a qualidade dos alimentos desde a produção até o consumo. São eles:
Desenvolvimento de métodos analíticos para detectar contaminantes com mais rapidez e precisão;
Avaliação de riscos associados à ingestão de resíduos e toxinas;
Caracterização de compostos bioativos e nutracêuticos, com foco nos benefícios à saúde;
Análise de compostos voláteis e precursores, que influenciam aroma, sabor e segurança;
Aplicação de processos de oxidação avançada para a mitigação de contaminantes.
Os laboratórios vinculados ao instituto têm desenvolvido métodos analíticos mais sensíveis, rápidos, robustos, automatizados, de menor custo e ambientalmente sustentáveis para detectar pesticidas em alimentos de origem vegetal (como verduras, legumes, raízes, tubérculos e leguminosas), resíduos de medicamentos veterinários em produtos de origem animal (carne, leite, ovos, mel e derivados) e toxinas, como as micotoxinas, presentes em alguns alimentos e bebidas.
Outro foco central do instituto é a formação de jovens pesquisadores, que participam de atividades de capacitação por meio de cursos, workshops, treinamentos práticos e programas de intercâmbio científico.
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