Mulher relata ter sido vítima de sequestro-relâmpago após anunciar mesa na internet


Mulher relata ter sido vítima de sequestro-relâmpago após anúncio na internet
Uma mulher afirma ter sido vítima de um sequestro-relâmpago ao tentar vender uma mesa pela internet. Ela contou ter ficado 5 horas em poder dos criminosos e obrigada a fazer transferências bancárias.
Segundo o relato, ela postou um anúncio em uma plataforma de vendas e deixou o número de celular como contato. Pouco depois, uma mulher a procurou, demonstrando interesse.
A negociação prosseguiu por mensagens. Para facilitar a venda, a mulher sugeriu um encontro presencial para mostrar o móvel. O local combinado foi uma sala comercial na Barra Olímpica, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
No caminho, ela, que estava a pé, foi abordada por um carro. A motorista se apresentou como a compradora e ofereceu carona até o endereço. Dentro do veículo, havia outras 2 pessoas.
“Até pensei que fossem ajudar a desmontar a mesa”, disse.
A mulher disse que, no entanto, foi levada pelos criminosos — que estavam armados — até uma área de mata isolada, onde passou mais de 5 horas sob ameaça. Ela afirma que foi forçada a realizar diversas transferências bancárias.
Ela também contou que os criminosos exigiram que ligasse para o banco e aumentasse o limite de transferência. Para não serem ouvidos, enviavam instruções por mensagem.
“Foi uma sequência de 8 Pix, um atrás do outro, no total de R$ 42 mil”, relatou.
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Extrato mostra várias transferências
Reprodução/TV Globo
Precauções
Especialistas alertam para os riscos de negociações on-line. Kenneth Corrêa, professor da FGV, recomenda que os usuários utilizem os canais internos das plataformas para conversar com compradores e nunca compartilhem dados pessoais.
“Não há motivo para divulgar endereço residencial. Mesmo que o produto esteja em casa, esse nunca deve ser o ponto de encontro”, afirma. “Na hora da entrega, prefira locais movimentados e, se possível, com segurança.”
A mulher relatou ainda que conseguiu escapar após pedir insistentemente para ser liberada.
“Eu estava transtornada, pedindo pelo amor de Deus para sair dali. Falei que meu neto tinha acabado de nascer. A mulher destravou a porta, eu saí correndo e eles foram embora.”
A Polícia Civil disse que a 32ª DP (Taquara) vai chamar a vítima pra prestar depoimento, já que o registro foi feito pela internet.
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