Quase metade das tartarugas monitoradas na Marina da Glória estão doentes


Tartarugas passam por check-up: projeto faz monitoramento dos répteis que habitam na Marina da Glória
Um projeto de monitoramento de tartarugas na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, identificou que, desde o ano passado, quase metade dos 142 animais examinados tinham sinais de uma doença que pode ser causada pela poluição.
Na terça-feira (12) o RJ1 mostrou como, desde junho do ano passado, biólogos e veterinários do projeto Aruanã fazem um ‘check-up’ nos animais.
Thaís Amaral, coordenadora de educação ambiental do projeto, diz que observou uma reincidência de fibropapilomatose, uma doença provocada por um vírus parecido com o da herpes humana, que afeta o corpo do animal.
“A gente não sabe exatamente o que causa essa fibropapilomatose, pode ser estresse, pode ser poluição da água”, disse Thaís.
Para fazer a avaliação, os répteis são tirados da água cuidadosamente, com uma rede e passam por uma consulta geral, com direito a travesseiro para deitar.
Elas são pesadas, medidas, passam por exames e fazem uma coleta de sangue.
Thaís explica que é “como se elas fossem ao médico, ao veterinário, uma vez ao mês”. “Então a gente faz a coleta de sangue, a gente analisa o casco, analisa as partes moles, vê como que está a saúde externa do animal, faz as coletas pela parte da veterinária, para a gente ver se elas estão bem, se elas estão com alguma anemia”, explica.
Depois da avaliação, os animais que tem algum problema de saúde são levados para a reabilitação. Os que estão bem ganham anilhas de identificação, com o número de telefone do projeto, e são devolvidos para a Baía de Guanabara.
Projeto Aruanã monitora tartarugas na Marina da Glória
Reprodução
Durante a pesquisa, o grupo identificou que as principais moradoras da baía são tartarugas-verdes que nasceram em regiões como o Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Caribe.
E elas são jovens. Chegaram no Rio de Janeiro para engordar e, depois, voltar para casa para reproduzir.
“Então eles ficam aqui na área de alimentação durante a sua adolescência na fase da juventude de 20 a 25 anos em média até que eles estejam adultos e aí vão migrar de volta para a mesma área em que nasceram”, explicou Thaís.
Esse monitoramento começou há 13 anos, na praia de Itaipu, em Niterói, com a parceria de pescadores.
Isabelle Bilheiro, estudante de Ciências biológicas vê muita importância no projeto. “Só através da conscientização que a gente vai ter mudança de hábito. pra salvar a nossa terra q está tão ferida”, disse.
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