
Principal suspeita por morte de empresário vira ré em processo; saiba mais
Câmeras de segurança mostram o momento em que o carro do empresário José Paulo Couto, de 75 anos, chegou à casa de Rejane Mendes, de 45 anos. As imagens foram gravadas um dia antes do corpo dele ter sido encontrado embaixo de uma ponte, em Araguaína. A mulher foi presa e é considerada pela Polícia Civil como a principal suspeita do crime.
O corpo de José Paulo foi encontrado no dia 10 de julho, embaixo de uma ponte na Avenida Frimar, após uma denúncia anônima. O corpo dele estava amarrado e enrolado em panos. No dia, a polícia também localizou o carro da vítima, que foi abandonado em um terreno baldio.
Rejane Mendes, com quem o idoso tinha um relacionamento, foi denunciada pela promotoria e virou ré por homicídio qualificado nesta segunda-feira (11). Ela está presa desde o dia 12 de julho e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Em seu primeiro depoimento à polícia, ela confessou o crime.
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A irmã dela também foi denunciada e vai responder por ocultação de cadáver.
A defesa das duas irmãs informou, por telefone, que as clientes não tiveram participação no crime e que vão provar na Justiça que são inocentes.
Câmeras de segurança
Durante a investigação, a Polícia Civil teve acesso a câmeras de segurança. Nas imagens do dia 9 de julho, por volta de 10h30, é possível ver o carro do empresário se deslocando até um endereço de Rejane. No mesmo dia, pouco depois das 20h, o carro foi retirado da residência e deixado no local onde foi abandonado.
No dia seguinte, por volta das 10h, o carro da irmã de Rejane é visto deixando a residência. De acordo com os investigadores, dentro do veículo, possivelmente, estava o corpo do empresário.
A irmã de Rejane deve responder, em liberdade, por ocultação de cadáver.
Depoimento à polícia
A TV Anhanguera teve acesso ao primeiro depoimento de Rejane à polícia. Ela conta que decidiu matar o empresário porque ele queria terminar o relacionamento e reduzir o valor do apoio financeiro que, supostamente, lhe pagava.
“Fui na cozinha, peguei água pra ele e vi a faca. Aí falei assim ‘tá perdido mesmo pra mim. Vou terminar o que tinha pra fazer’, aí matei ele. Eu achava que matando ele ia desfazer do corpo e ninguém ia ficar sabendo. E ele saindo machucado, tinha a possibilidade de passar na polícia e falar que fui eu” , contou.
A suspeita também afirma que amarrou o empresário antes de matá-lo e que José Paulo achou que a faca seria usada para soltá-lo.
“Ele pensou que eu fosse libertar ele. ‘Corta, minha filha, essas cordas, eu te perdoo’. No lugar de cortar as cordas [com a faca] eu enfiei na garganta dele, calada. Nem falei que ia matar ele”, disse Rejane.
Rejane Mendes está presa na delegacia de Ananás, no norte do estado. Ela teve a prisão temporária convertida em preventiva na sexta-feira (8) pelo juiz Kilber Correia Lopes, da 1ª Vara Criminal da Araguaína.
Imagens mostram carro da vítima chegando na casa da suspeita de homicídio
Reprodução/TV Anhanguera
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Assassinato após fim de relacionamento
A Polícia Civil informou, em coletiva de imprensa, que a mulher tinha um relacionamento com o empresário, mas ele queria terminar e reduzir o valor de um auxílio que era pago à suspeita.
Segundo a polícia, ela não concordou com a decisão da vítima e os dois iniciaram uma discussão sobre o valor do auxílio.
“O senhor José Paulo conheceu uma mulher e manteve um relacionamento extraconjugal. Eles tiveram um desentendimento. Eles tiveram uma discussão e depois uma luta. Ela conseguiu contê-lo e amarrá-lo. Ele acabou sendo estrangulado e, na sequência, foram feitos golpes com o uso de uma faca”, disse o delegado na coletiva.
Empresário José Paulo Couto foi assassinado em Araguaína
Reprodução/TV Anhanguera
A polícia também constatou indícios de tortura como fratura no punho esquerdo e cortes no pescoço do empresário. Durante o depoimento, Rejane declarou que se desfez das joias e do celular da vítima, e chamou a irmã para ajudá-la a ocultar o corpo.
As investigações também apontaram que a suspeita pediu que uma terceira pessoa retirasse o carro do empresário da casa dela e levasse até o terreno baldio. Segundo a polícia, ela teria dito à pessoa que tinha adquirido o veículo, mas não sabia dirigir e por isso precisava de ajuda.
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