Empresários são multados em mais de R$ 4,4 milhões por crimes ambientais em Unidade de Conservação no AM


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Quatro empresas foram multadas em mais de R$ 4,4 milhões por crimes ambientais dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, em Novo Aripuanã, no interior do Amazonas. As penalidades foram aplicadas durante a Operação Madeira Suja, que identificou pelo menos quatro infrações cometidas pelos empresários.
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A operação foi realizada ao longo da semana e apreendeu cerca de 4.795 metros cúbicos de madeira sem documentação de origem, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Entre o material apreendido estão 736,4 metros cúbicos de madeira em tora, 178,1 metros cúbicos de madeira serrada e mais de 3 mil metros cúbicos de resíduos usados como fonte de energia.
Ainda segundo o órgão, os empresários foram autuados pelas seguintes infrações:
extração e estocagem ilegal de madeira;
descumprimento de licenças ambientais;
obstrução da fiscalização;
descarte irregular de resíduos.
As multas aplicadas variam entre R$ 450 mil e R$ 2,55 milhões, conforme a gravidade das infrações cometidas. Duas empresas foram autuadas por ausência do Documento de Origem Florestal (DOF) e estocagem irregular; uma terceira por descumprimento das condicionantes ambientais; e a quarta, que recebeu a maior multa, por descarte irregular e queima de resíduos na área
A ação na RDS do Juma ocorre após denúncias feitas por moradores da Unidade de Conservação (UC) à Sema. Diante dos relatos, o Estado reuniu uma força-tarefa, com foco, sobretudo, na proteção das populações tradicionais.
A operação contou com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar.
Essa ação ocorre em resposta às denúncias que recebemos das populações que residem na UC. Por isso é tão importante o trabalho que fazemos na ponta. O que buscamos fazer de forma contínua e integrada, garantindo que as demandas das comunidades sejam ouvidas e que a proteção da unidade seja efetiva”, ressaltou o secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
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Conforme o Ipaam, as empresas autuadas tiveram as atividades embargadas e só poderão retomar as operações após o pagamento das multas, a recuperação das áreas degradadas e a destinação ambientalmente adequada dos resíduos.
Uma das empresas que forma flagradas durante fiscalização
Divulgação/Ipaam
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