
Homens são encontrados carbonizados após confronto na Bolívia; Polícia do Acre investiga
A Polícia Civil do Acre investiga um confronto na Bolívia que terminou com pelo menos duas pessoas carbonizadas na última terça-feira (5). A suspeita é de que a casa incendiada abrigava acreanos foragidos foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco.
Por conta disso e da proximidade com o estado acreano, a delegacia de Capixaba, no interior do estado, instaurou um inquérito para apurar a situação.
O g1 preparou um resumo com as principais informações sobre o caso. Confira abaixo o que se sabe.
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Delegado de Capixaba, Aldizio Neto, fala sobre investigações de confronto na Bolívia
O que aconteceu na Bolívia?
Quem são os envolvidos no confronto?
Por que a Polícia Civil do Acre está investigando o caso?
Onde exatamente aconteceu o crime?
De quem era a casa incendiada?
Quais autoridades estão envolvidas na investigação?
Já há confirmação oficial das mortes?
O que aconteceu na Bolívia?
Na madrugada de terça-feira (5), por volta das 3h, ocorreu um confronto no município de Bela Flor, no Departamento de Pando, Bolívia. Após o conflito, uma casa foi incendiada e dois corpos encontrados carbonizados no dia seguinte. Contudo, a Polícia Civil acredita que pelo menos cinco pessoas morreram.
Vizinhos contaram à polícia que acontecia uma confraternização dentro da casa, quando a confusão entre os próprios moradores iniciou.
“A suspeita é de que havia cerca de oito pessoas dentro da casa. Eles brigaram e dois ou três mataram os outros, tacaram fogo na casa e foram embora, mas, infelizmente, não temos certeza de quantas pessoas estão envolvidas e nem a confirmação da identidade”, explicou o delegado Aldízio Neto neste sábado (9).
Quem são os envolvidos no confronto?
A principal linha de investigação é de que tanto os mortos quanto os suspeitos sejam foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco. A identidade das vítimas ainda não foi confirmada oficialmente e só serão divulgadas após exames de DNA.
“Só vamos conseguir confirmar a identidade se os familiares procurarem e fizerem exame de DNA, que também demora para sair o resultado. O resultado pode demorar de 6 meses a 1 ano e, se não houver procura da família, não teremos como confirmar a identidade”, explicou.
Quando ocorreu a fuga no
Entre junho e julho, ocorreram duas fugas no Complexo Prisional de Rio Branco. A primeira em 19 de junho, quando nove presos conseguiram escapar do pavilhão P da Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório do presídio estadual.
Arthur Carvalho Gomes, de 28 anos, e Natanael do Nascimento Salgueiro, de 25 anos, já foram recapturados.
Um mês depois da primeira fuga, dia 19 de julho, outros seis presos escaparam do Complexo Prisional. O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC) conseguiu recapturar Ruan Carlos Souza da Silva um dia depois perto do presídio.
Por que a Polícia Civil do Acre está investigando o caso?
Apesar de o crime ter ocorrido em território boliviano, a investigação está sendo conduzida pela delegacia de Capixaba devido à proximidade da fronteira e à possível ligação com foragidos do sistema prisional acreano.
Onde exatamente aconteceu o crime?
O confronto ocorreu na zona rural de Bela Flor, a cerca de 20 km do centro de Capixaba, município acreano que faz fronteira com a Bolívia. Investigações apontam que a região abriga foragidos do Acre.
De quem era a casa incendiada?
Segundo a polícia, o dono da residência tem dupla nacionalidade e mora na Vila Maparro, também na Bolívia. Ele alegou que não conhece as pessoas que estavam na casa.
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Após saber do incêndio, o homem esteve no local e falou com a polícia. “Ele disse que saiu e no outro dia encontrou a casa queimada. Negou ter alguma ligação com os homens e frisou que criava animais na residência, como porcos e galinhas, que estavam se alimentando dos restos mortais”, complementou o delegado.
Suspeita é de que porcos comeram corpos carbonizados
Arquivo pessoal
Quais autoridades estão envolvidas na investigação?
Equipes da Polícia Civil de Capixaba, Plácido de Castro e a Polícia Nacional Boliviana.
Já há confirmação oficial das mortes?
Até o momento, a Polícia Civil confirmou que os corpos foram encontrados carbonizados dentro da casa incendiada, mas não divulgou a identidade das vítimas. Aldízio disse que o resultado do exame pode demorar e, se a família não procurar a polícia, não há como confirmar as identidades.
O delegado mencionou que só foram encontradas duas espinhas dorsais completas. “Acredita-se que foram cinco mortos, porém, não encontramos as ossadas. Estamos investigando se pode ter queimado, os animais comido e não ter sobrado nada”, disse.
VÍDEOS: g1
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