Polícia Civil do Amapá investiga líderes de facção por 19 homicídios em Macapá


Polícia Civil do Amapá investiga líderes de facção por 19 homicídios em Macapá
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil do Amapá deflagrou a operação “Yamata” para investigar uma série de homicídios ligados à facção criminosa Família Terror Amapá (FTA), ocorridos entre agosto e outubro de 2023, nos bairros Perpétuo Socorro, Cidade Nova e Pacoval, na zona Norte de Macapá.
Segundo a investigação, os crimes foram motivados por uma disputa interna entre dois grupos da facção: FTA normal e FTA pura.
Ao todo, foram registrados 19 casos: 15 homicídios consumados e 4 tentativas. Todos os crimes foram cometidos com arma de fogo, o que reforça a suspeita de envolvimento de facções, já que esse tipo de grupo raramente usa armas brancas.
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Em três dos casos, vítimas e autores pertenciam à mesma facção. A polícia identificou elementos que apontam as lideranças como mandantes dos crimes, ordenando ataques entre os dois grupos rivais.
A investigação começou em fevereiro de 2024 e teve como foco reunir provas contra os oito suspeitos apontados como líderes da organização. A polícia buscou confirmar que eles comandaram os homicídios motivados pela divisão interna da facção.
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Dos oito investigados, sete estão presos e um está foragido. A polícia acredita que ele fugiu para o Rio de Janeiro. Entre os detidos, dois estão no sistema penitenciário do RJ, um em São Paulo e três no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Segundo a polícia, a distribuição mostra o grau de periculosidade e reincidência dos envolvidos. A Justiça autorizou os pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os oito suspeitos.
Na manhã desta sexta-feira (8), a Polícia Penal cumpriu mandados no Iapen. Outros três mandados estão sendo executados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com apoio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOP).
Um mandado também foi cumprido em Curitiba, com apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná.
O nome da operação faz referência à Yamata no Orochi, serpente de oito cabeças da mitologia japonesa, conhecida por sua força destrutiva. A escolha simboliza o número de líderes investigados, todos apontados como chefes da facção.
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