Prefeitura autoriza construção de apartamentos e salas comerciais em espaço tombado do Centro Esportivo do Instituto Granbery em Juiz de Fora


Construção de prédio na área do antigo conjunto esportivo do Colégio Granbery é autorizada
Apesar de moradores e associações se manifestaram contra a construção de prédios no Centro Esportivo do Instituto Metodista Granbery, em Juiz de Fora, o Conselho Municipal de Patrimônio considerou, em reunião na segunda-feira (4), que a obra é compatível com o decreto de tombamento do espaço.
Em agosto do ano passado, a Prefeitura tombou o conjunto esportivo e considerou o valor histórico e cultural do edifício Charles Alexander Long.
O terreno onde estão o campo de futebol e a piscina foi leiloado por R$ 18 milhões, em abril deste ano. A empresa Soip Negócios Imobiliários arrematou o espaço e informou que pretende desenvolver o mercado imobiliário local, com respeito ao tombamento.
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Projeto prevê construção de prédios residenciais e comerciais
Campo de futebol do centro esportivo do Colégio Granbery em Juiz de Fora
TV Integração/Reprodução
A empresa solicitou ao Conselho Municipal de Patrimônio (Comppac) autorização para construir duas torres: uma de apartamentos residenciais e outra de salas comerciais, além de lojas. Como contrapartida, propôs construir uma praça com equipamentos de uso coletivo, aberta à comunidade.
Segundo a empresa, os prédios ocupariam 23% do terreno. Também anunciou a construção de estruturas para contenção da água da chuva e sistemas de drenagem, com o objetivo de reduzir alagamentos, e afirmou que pretende preservar a história do colégio.
Moradores são contrários
A Associação de Moradores do Bairro Granbery classificou o processo como “destombamento” e questionou os impactos na preservação histórica e na infraestrutura urbana, como trânsito e saneamento.
Já a Prefeitura afirmou que a proposta é compatível com o decreto de tombamento e destacou o valor histórico e cultural do Complexo Esportivo e do Edifício Charles Alexander Long, que a empresa se comprometeu a preservar.
Veja abaixo quais áreas foram tombadas:
Conjunto esportivo;
Parque aquático e quadras poliesportivas (incluindo o ginásio);
Campo de futebol;
Edifício Charles Alexander Long: fachadas, volumetria, escada em madeira, piso presente no pavimento térreo da edificação do conjunto;
Bosque.
O decreto determina a preservação do campo de futebol, permitindo apenas adequações no tipo de gramado e na arquibancada.
Já o bosque permanece como área de preservação ambiental e respiro urbano. Segundo o decreto, “o local só pode receber equipamentos de pequeno porte e mobiliário que estimulem o convívio e a permanência de pessoas na região”.
O decreto também permite novas estruturas nas demais áreas do complexo, desde que voltadas ao uso esportivo.
O Ministério Público acompanha o caso pela curadoria de patrimônio. O processo está em sigilo.
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