
Corpo do policial penal Euler Rocha foi enterrado no cemitério Nossa Senhora da Piedade, na Grande BH.
Ewerton Lopoes – TV Globo
O corpo do policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi enterrado, na manhã desta segunda-feira (4), no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um cortejo, com colegas de profissão, saiu do presídio Dutra Ladeira até o cemitério.
Euler Rocha fazia a escolta do detento Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, no Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O detento pediu para ir ao banheiro e lá, entrou em luta corporal com o agente, tomou a arma dele e o matou. Shaylon ainda conseguiu sair do hospital vestindo a farda da vítima.
“É como se eu tivesse perdido o meu segundo filho. Eu sou quase 13 anos mais velha do que ele e, como minha mãe trabalhava muito, eu que cuidei. No momento, eu ‘tô’ com ódio desse homem. Eu queria saber o que se passou na cabeça dele, por que ele fez isso com meu irmão, porque o meu irmão já acompanhou esse preso à UPA várias vezes. Meu irmão estava ali pra proteger, fazendo o serviço dele”, disse a irmã do policial penal Arlete Alves.
“Tanto o pai dele quanto eu trabalhamos na área de segurança. Isso foi um incentivo a mais para ingressar na carreira. Surgiu a oportunidade de ser policial penal e aí ele abraçou com unhas e dentes. Vibrava muito e fazia questão de se dedicar ao trabalho”, lamentou o irmão do policial penal Fernando Alves.
Relembre o caso
Circuito mostra suspeito saindo com farda de policial morto em BH
O policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi morto a tiros na madrugada deste domingo (3), durante escolta de um detento no Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O suspeito, Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, pediu para ir ao banheiro, entrou em luta corporal com o agente, roubou sua arma e disparou contra ele.
Após o crime, o detento vestiu a farda da vítima e tentou fugir (veja vídeo acima). Ele pediu ajuda a uma moradora, alegando que a mãe estava passando mal, e conseguiu um carro de aplicativo. Foi preso pouco depois, ainda nas proximidades do hospital, com armas e munições pertencentes ao policial.
Euler Rocha era servidor da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais e também atuava como empreendedor em Ribeirão das Neves. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O Hospital Luxemburgo informou que o paciente estava internado pelo SUS, e que a escolta de presos é responsabilidade da Sejusp. A instituição afirmou que nenhum civil entrou armado, que todos os protocolos de segurança foram seguidos e que a equipe médica tentou reanimar o agente. Sem sucesso. O hospital afirmou que colabora com as investigações.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) lamentou o ocorrido e disse que instaurou um procedimento interno para apurar o caso.
Euler Rocha, policial penal morto em hospital de BH
Reprodução/redes sociais
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