
Toninho Pavão é encontrado dentro de siderúrgica e preso na Serra
José Antônio Marim Nogueira, mais conhecido como Toninho Pavão, foi preso mais uma vez na manhã desta quinta-feira (31), enquanto trabalhava em uma siderúrgica na Serra, Grande Vitória.
Aos 64 anos, ele acumula um histórico extenso de envolvimento com o crime organizado: já fugiu do presídio pela porta da frente vestido de mulher, roubou um avião e comandou uma quadrilha que roubou mais de 100 bancos no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
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Contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto, expedidos pela Justiça, pelos crimes de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e homicídio. A prisão foi feita após um trabalho de monitoramento do setor de inteligência da Polícia Penal.
Prisão aconteceu sem resistência
Toninho Pavão foi preso enquanto trabalhava em siderúrgica na Serra, Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
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Segundo a Polícia Penal do Espírito Santo, Toninho Pavão não resistiu à prisão e ficou calado durante a abordagem.
“Ele saiu (da prisão) de alvará. Então, ele estava livre em novembro, cumpriu com a sua pena. A partir de janeiro, foram emitidos os mandados de prisão. Ele não reagiu, já sabia dos mandados e, agora, está na delegacia para ser encaminhado ao sistema prisional”, explicou Graciele Sonegheti, diretora-geral adjunta da Polícia Penal do ES.
Depois de ser ouvido na Delegacia de Homicídios da Serra, Pavão foi levado sob escolta para um presídio de segurança máxima do estado.
Histórico de crimes e fugas
Toninho Pavão tem um longo histórico de envolvimento com o crime organizado dentro e fora do Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
Toninho Pavão é um dos criminosos mais conhecidos do Espírito Santo. Ele foi preso pela primeira vez em 2000, suspeito de liderar uma quadrilha de tráfico de drogas com ações fora do estado e do país.
Desde então, sua participação em crimes chamaram a atenção das autoridades, como:
Fugiu de um presídio disfarçado de mulher;
Roubou um avião durante uma fuga;
Foi investigado pela Polícia Federal por envolvimento em roubos a mais de 100 agências bancárias nos estados do ES, RJ, SP e MG;
Cumpriu pena em presídios federais no Paraná e em Rondônia;
Foi condenado por mandar matar um casal de dentro da prisão.
Segundo a Polícia Penal, ele tem ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ele tem histórico enorme na Secretaria de Justiça, tem um vínculo com o PCC, é um cara perigoso que não abandonou o crime e, mais uma vez, foi preso e vai cumprir com a pena que foi imposta”, completou a diretora-geral adjunta da Polícia Penal do ES.
Trabalhando legalmente
A defesa de Toninho Pavão afirmou que ele estava trabalhando de forma legal no momento da prisão. A empresa onde ele atuava informou que não vai se pronunciar sobre o caso e que a Polícia Civil é responsável pela investigação.
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