Caso Izabele: vigilante que viu adolescente viva pela última vez presta depoimento em Manaus


Vigilante foi a última pessoa a ver Izabele com vida, diz defesa
Matheus Castro, g1 AM e divulgação
O vigilante Henrique César, apontado como a última pessoa a ver Izabele Dinelly Martins, de 15 anos, com vida, prestou depoimento como testemunha nesta quinta-feira (31), na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus.
A adolescente, que era natural de Maués, passava as férias na casa de uma tia quando desapareceu e foi encontrada morta com sinais de tortura em um hospital da capital.
Izabele estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (25), quando saiu da casa da tia, no bairro Santo Agostinho, na Zona Oeste de Manaus. Ela solicitou um carro por aplicativo e seguiu para encontrar uma pessoa até então desconhecida pela família.
Na madrugada de sábado (26), por volta das 5h30, a adolescente foi encontrada ferida e levada ao Hospital João Lúcio, na Zona Leste. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte, às 11h30.
A família só reconheceu o corpo na quarta-feira (30), no Instituto Médico Legal (IML).
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Segundo o advogado Júlio Mendes, Henrique e Izabele seriam amigos e naturais de Maués. De acordo com a defesa, os dois se encontraram na noite de sexta-feira, foram juntos até uma conveniência e passaram um tempo conversando.
“O único envolvimento do meu cliente com a vítima foi o fato de ele ter sido a última pessoa a vê-la com vida. Todas as informações localizadas até agora, inclusive imagens de câmeras de segurança, partiram dele. Henrique está colaborando desde o início”, afirmou o advogado.
Júlio explicou que Henrique buscou a jovem em casa e, após algumas horas de conversa, a deixou no mesmo local.
“Ela pediu para ser deixada nas proximidades de uma faculdade particular, dizendo que iria para a casa de um suposto namorado. Ele explicou que não poderia acompanhá-la, pois teria plantão no dia seguinte. Ela desceu da moto, chamou um carro por aplicativo, e ele seguiu para casa — corrida essa que consta no histórico dele”, disse.
A defesa reforça que Henrique não sabia que Izabele tinha 15 anos. “Ela dizia ter 18, frequentava bares, adegas, e a família tinha conhecimento disso. Ele só soube a verdadeira idade quando foi intimado pela polícia”, explicou.
O advogado também negou qualquer conduta imprópria por parte do cliente. “Ela quis ficar naquele local. Ele respeitou. Não houve imposição nem abandono em situação de risco. Ele está sendo tratado como testemunha pela autoridade policial, e não há indícios que o vinculem diretamente ao que aconteceu depois”, disse.
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O caso Izabele
Izabele Dinelly Martins, de 15 anos, morreu no domingo (27), em Manaus, após ser encontrada ferida e levada ao Hospital João Lúcio. Ela estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (25), quando saiu da casa da tia, na Zona Oeste, e teria se encontrado com uma pessoa desconhecida da família.
A causa da morte foi hemorragia intracraniana e traumatismo cranioencefálico. O corpo foi reconhecido pela família na quarta-feira (30) e levado para Maués, sua cidade natal, em voo fretado pela prefeitura, onde foi velado. A Polícia Civil investiga o caso.
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