
Zambelli é presa em Roma; diretor da PF explica próximos passos
Após ter sido localizada pelas autoridades brasileiras e italianas na tarde de terça-feira (29), Carla Zambelli teve o local onde estava hospedado cercado. A polícia queria agir rápido, por temer que ela fugisse novamente. O relato – a que o blog teve acesso – está documentado em mensagens entre autoridades policiais.
O cerco montado para prendê-la contraria a versão da defesa de que ela se entregou: “Ninguém se entrega em casa”, disse ao blog um policial que acompanhou as movimentações.
Carla Zambelli estava em seu apartamento em Roma, pintando e lavando o cabelo, quando a polícia italiana chegou para efetuar a prisão, segundo o advogado da deputada federal, Fabio Pagnozzi. Em seguida, ela pegou seus remédios e foi levada para a delegacia.
Foto de arquivo de 15/05/2025 da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante uma coletiva de imprensa na sede de seu partido no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo.
Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Segundo Pagnozzi, ela teria se entregado às autoridades, o que a Polícia Federal nega. Segundo ele, o objetivo dela foi a colaboração com a polícia e que ela busca não ser extraditada.
Entre investigadores, há avaliação de que ela possa tentar um asilo político, embora isso seja tratado como hipótese remota.
Zambelli esperava contar com a ajuda de políticos de extrema direita, mas nem seus advogados acreditavam que ela conseguisse tal mobilização, por se tratar de uma parlamentar abandonada pelo seu grupo político no Brasil.
Na Câmara dos deputados também há expectativa de que ela consiga arrastar o mandato, evitando a cassação.