Apreensões de cocaína crescem 19% nas rodovias federais no primeiro semestre


Aumenta a quantidade de cocaína apreendida nas rodovias federais no 1º semestre
Entre janeiro e junho de 2025, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 24,9 toneladas de cocaína em estradas federais do país. O número é 18,89% maior que o registrado no mesmo período de 2024, quando foram recolhidas 21 toneladas. Segundo a PRF, a droga geralmente sai das regiões de fronteira rumo a centros urbanos e portos, onde é distribuída ou exportada.
Mato Grosso do Sul aparece no topo do ranking nacional com 8,3 toneladas de cocaína apreendidas. Segundo a PRF, mais da metade dessas ocorrências aconteceram na BR-262. Em seguida vem Mato Grosso, com 4,2 toneladas – sendo 2,2 toneladas encontradas apenas na BR-364. O Paraná ocupa o terceiro lugar, com 2 toneladas, principalmente na BR-487.
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Segundo a PRF, grande parte da cocaína que circula nas rodovias brasileiras vem da Bolívia e do Paraguai. Os dois países fazem fronteira com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná — principais corredores usados pelo tráfico.
O Brasil tem cerca de 17 mil km de fronteiras terrestres na América do Sul e cerca de 75 mil km de rodovias federais. Para a PRF, essa extensão facilita a ação do narcotráfico.
“O tráfico hoje é internacional. A droga não é destinada apenas ao Brasil, mas também à Europa e Oceania. Como o trajeto marítimo é mais longo e visado pela segurança internacional, muitos optam pelo caminho rodoviário até os portos brasileiros”, explica o diretor de operações da PRF, Marcus Vinícius Silva de Almeida.
Flagrantes em rodovias federais
Na BR-155, em Pau D’Arco (PA), a PRF encontrou 496 kg de cocaína escondidos entre abacaxis em um caminhão. No Mato Grosso do Sul, agentes apreenderam 162 kg da droga escondidos em um caixão transportado por um carro funerário, na BR-262, em Terenos. A carga saiu de Corumbá e iria para Campo Grande.
Na BR-101, em Alhandra (PB), a PRF realizou um dos maiores flagrantes do ano. Um caminhão levava 1,3 mil kg de cocaína — maior apreensão no estado em 2024.
“O crime organizado é volátil, se movimenta muito. Por isso há forte integração entre a inteligência e a operação da PRF, o que permite reforçar o efetivo onde há indícios da passagem desses veículos e aumenta o número de apreensões”, afirmou o diretor da PRF.
Apreensões de cocaína crescem 19% nas rodovias federais
João Carlos Correa/ TV Morena
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