
Princesas de jaleco: médicas se fantasiam para acolher crianças internadas no hospital
No Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, um grupo de médicas trocou os jalecos brancos por vestidos brilhantes e tiaras coroadas. Elas se transformaram em princesas para levar leveza, fantasia e um pouco de alegria aos pequenos pacientes internados nas alas pediátricas.
O que começou como uma ação pontual em uma sala de acolhimento a crianças autistas acabou se espalhando por todo o hospital. Hoje, duas vezes por mês, as médicas encantadas percorrem os corredores fantasiadas de personagens como Elsa, Bela e Aurora.
A iniciativa encantou pacientes, familiares e equipes de saúde. O resultado se vê nos sorrisos tímidos que viram gargalhadas, nos olhares atentos e nos corações mais leves — tanto das crianças quanto das mães.
A ideia surgiu de um momento nostálgico: a médica intensivista Thais Oliveira Trindade, uma das idealizadoras do projeto, antes de se formar médica, trabalhava nos fins de semana como princesa em festas infantis.
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Um dia, publicou nas redes sociais uma lembrança dessa época. A coordenadora do CTI viu, se encantou e propôs: “Vamos fazer isso aqui dentro?”. A partir daí, outras médicas e fãs dos contos de fada, abraçaram o projeto.
Com ajuda da própria equipe, elas compraram as fantasias e começaram a dar vida aos personagens. O que era apenas um gesto carinhoso virou parte da rotina hospitalar — com direito a transformação completa, maquiagem, figurino e vozes suaves para acolher quem está enfrentando dias difíceis.
Médicas fantasiadas de princesas visitam crianças internadas no Hospital Getúlio Vargas
Reprodução/TV Globo
A pequena Liz Helena, de apenas 5 meses, está internada tratando uma pneumonia. Sua mãe, Yasmin Gonçalves, se emociona ao ver o esforço das profissionais.
“Manter esse encanto vivo na vida das crianças é muito necessário. É como viver um conto de fadas.”
Para as médicas, o impacto vai além da fantasia:
“A forma como você se sente em relação à doença muda muitos desfechos. Às vezes vemos evoluções surpreendentes em crianças que estavam em estado grave. A nossa missão é levar essa magia. Levar esse acalento pro coração delas”, afirma Thais.
Na enfermaria, CTI e até na sala de exames com sedação, os encontros com as “doutoras-princesas” fazem diferença. A Thayla Yasmin, de 12 anos, diz sem pensar duas vezes: “Estão lindas. Maravilhosas”.
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Equipe da pediatria ao lado das médicas que trocaram os jalecos por vestidos de personagens infantis
Reprodução/TV Globo