
ARQUIVO: fogo no Mercado Municipal de Limeira, em 12 de abril de 2020
José Emmanoel Rocco / Arquivo Pessoal
Cinco anos após um incêndio destruir o prédio do Mercado Modelo Professor Benedicto Carlos Freire, o Mercadão de Limeira (SP), a obra de reconstrução chegou à fase de cobertura e a expectativa dos comerciantes é de reabertura em 2026.
O incêndio de grandes proporções ocorreu no dia 12 de abril de 2020, um domingo. O local tinha 68 lojas e a maior parte ficou destruída. O prédio tinha 61 anos.
Após o trabalho dos bombeiros, a administração municipal realizou limpeza e demolição da estrutura atingida pelas chamas. Laudo pericial descartou ação criminosa e apontou curto-circuito como possível causa do incêndio.
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ARQUIVO: reportagem sobre o incêndio no Mercado Municipal de Limeira
Qual parte cabe à prefeitura?
O Mercado Modelo é distribuído da seguinte forma: 60% do espaço pertence aos comerciantes e o restante à prefeitura.
Ao g1, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Limeira informou que, entre as responsabilidades da prefeitura, estão os serviços de execução dos fechamentos em alvenaria, pilares, vigas, chapisco, cobertura metálica, instalação de venezianas industriais, tubulações de águas pluviais, calhas e rufos.
Já foram concluídos os trabalhos relacionados à estrutura de esgoto, rede de águas pluviais, piso e fechamentos laterais. Atualmente, está em execução a instalação das vigas mestras que sustentarão o novo telhado.
“As próximas etapas, como os acabamentos, as instalações elétricas, o sistema de prevenção contra incêndios, a conexão com a rede de gás e outras adequações internas, serão de responsabilidade dos próprios comerciantes”, observou.
A previsão é de que a parte sob responsabilidade da prefeitura seja concluída e entregue aos permissionários entre os meses de setembro e outubro deste ano.
A administração municipal acrescentou que, desde janeiro, tem mantido diálogo permanente com os lojistas e prestado apoio técnico e institucional para viabilizar a retomada das atividades.
Veja como está a obra do novo Mercado Municipal de Limeira
Acervo pessoal
Por que as obras ultrapassam 5 anos?
Ao comentar os cinco anos que as obras já duram, o presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Modelo Professor Benedicto Carlos Freire, José Geraldo Benetti, afirma que os serviços nunca pararam e cita etapas que considerou complexas.
“Foram feitos dois piscinões [para armazenamento de água pluvial] aqui, aproveitando o estacionamento do mercado e uma outra área vizinha aqui, que é da prefeitura também. E a parte de galerias [de escoamento de água] que estava colapsada na época, antes do incêndio do mercado, essa parte já chegaram à conclusão de que estava colapsada e ia ter que refazer as galerias”, explicou.
Ele afirma que os comerciantes vão receber o Mercadão coberto da administração municipal.
“Aí, vai entrar a parte que cabe aos proprietários, fazer o restante interno. Imagino eu que se tudo correr bem, nada der de errado, até o ano que vem, com a graça de Deus, a gente vai estar reinaugurando o Mercadão”, estima.
“Cada um [lojista] vai fazer a parte dele, e a gente já tá fazendo uma arrecadação pra gente já ter um caixa. Inclusive, a gente já tá correndo atrás de fazer licitação de adequação de bombeiro, de parte elétrica e, depois, por fim, erguer os boxes. Pra isso, a gente tá com o pensamento de contratar uma construtora pra gente fazer tudo padronizado”, afirmou.
ARQUIVO: bombeiros durante o combate ao incêndio no Mercado Modelo de Limeira, em 2020
Wagner Morente / Guarda de Limeira
Qual foi o destino dos comerciantes?
Quando houve o incêndio, segundo Benetti, a prefeitura ofereceu um outro espaço para realocar os comerciantes, mas a maioria não concordou em se mudar para o local.
“Devagarzinho, cada um foi se realocando. Muitos deles estão aqui mesmo, por perto do mercado. Outros já foram para a área central, o Centro acima, e alguns outros se locomoveram para bairros. Mas eu imagino que uns 70% do pessoal estão trabalhando com o mesmo ramo que trabalhavam aqui, mas em locais diferentes”, relatou.
O presidente da associação também diz que a maioria dos lojistas com quem ainda mantém contato têm o desejo de voltar ao Mercadão quando ele for reconstruído. “Porque o mercado aqui é um ponto de comércio muito bom. Então, o pessoal não quer perder o espaço, não”, explica.
ARQUIVO: Corpo de Bombeiros e Defesa Civil durante trabalho de rescaldo, após incêndio no Mercado Municipal de Limeira
Wagner Morente/ Guarda Civil Municipal de Limeira
ARQUIVO: limpeza de área onde ficava o Mercado Municipal de Limeira, após demolição
Adilson Silveira/ Prefeitura de Limeira
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