
Advogado Antônio Henrique de Aguiar Cardoso, que atua na defesa da médica Danielle Barreto
Reprodução redes sociais/Arquivo
O advogado Antônio Henrique de Aguiar Cardoso, que atua na defesa da médica Danielle Barreto, acusada de planejar a morte do marido, José Lael Rodrigues, afirma ter sofrido uma tentativa de homicídio quando esteve em Aracaju para conversar com sua cliente. Ele foi morto a tiros em outubro de 2024. Ele estava no carro com um dos filhos, que sobreviveu.
Em entrevista ao jornalista Leonardo Barreto da TV Sergipe, exibida nesta sexta-feira (25) no SE1, o advogado da médica confirmou o registro de um boletim de ocorrência, no dia 20 de julho, na Delegacia de Atendimento ao Turista, na capital sergipana.
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Segundo o advogado, ele foi até a residência onde a médica cumpre prisão domiciliar e foi recebido pelo irmão dela e pela esposa dele com xingamentos e agressões. Ele disse ainda que foi ferido com uma faca e ameaçado de morte.
Depois do ocorrido, Antônio disse que ficou impedido de manter contato com a cliente. Por esse motivo, ele pediu que a médica cumpra a prisão domiciliar em outro endereço.
Além disso, o advogado relatou que Daniele está em situação de violência doméstica, praticada pelo irmão e pela cunhada. “Daniele tinha um dinheiro guardado, entregou a eles, que gastaram tudo. Para não precisar ela pagar de volta, resolveram transformar ela em um cárcere privado”, acredita Antônio.
Entenda o caso
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Daniele Barreto é acusada de encomendar o assassinato do marido, o advogado José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos. Ele foi morto a tiros no dia 18 de outubro do ano passado, no Bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. Na ocasião, ele estava no carro com um dos filhos, que também foi baleado e sobreviveu.
A médica e outras seis pessoas foram presas, em novembro de 2024, suspeitas de envolvimento no homicídio. Ela deixou o presídio feminino no dia 15 de maio deste ano, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal, para cumprir prisão domiciliar, já que tem um filho menor de 12 anos. O garoto está sob a guarda dos avós paternos.
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Reprodução/ Redes Sociais
Segundo a polícia, a motivação estaria relacionada a um possível divórcio, que não se consolidou por questões financeiras. Outro fator seria o ciúme do advogado sobre um relacionamento da esposa com uma amiga dela. Inicialmente, a polícia investigou se o crime poderia ter relação com a clientela do advogado, que pertencia ao crime organizado, mas a suspeita foi descartada.
Além disso, nove dias após ser presa, a defesa da médica divulgou uma carta onde Daniele relata ter sido vítima de violência física e sexual do marido.
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Rafael Carvalho/TV Sergipe/Arquivo
O que dizem os acusados
O irmão da médica Daniele Barreto, Ronaldo, foi contatado e disse que vai se posicionar sobre a denúncia assim que o advogado dele retornar de uma viagem. A cunhada de Daniele, Jaqueline Mary, não foi localizada.
Já o Tribunal de Justiça de Sergipe disse que o processo está sob sigilo e não vai se posicionar.
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