Quem era o empresário assassinado em Maceió: histórico de crimes vai de estelionato a homicídio


Aderbal Gomes de Albuquerque Araújo foi assassinado em plena luz do dia
Reprodução
O empresário Aderbal Gomes de Albuquerque Araújo, assassinado em Maceió nesta quarta-feira (23), acumulava uma série de acusações criminais que envolvem estelionato, falsidade ideológica, ameaça e até homicídio. A maioria dos registros está ligada a golpes aplicados durante a venda de placas solares, atividade que ele exercia na capital alagoana.
Segundo a Polícia Civil, Aderbal recebeu uma ligação e foi ao encontro de uma pessoa, na Ponta Verde. Ele nem chegou a descer do carro, uma Mercedes Benz. Um outro veículo parou do lado e os ocupantes abriram fogo. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas faleceu. Antes de morrer, o empresário conseguiu ligar para a esposa e identificou um dos atiradores.
As investigações começaram logo após o atentado. Segundo o delegado Sidney Tenório, um dos autores já foi identificado. Uma das linhas de investigação é que Aderbal teria emprestado dinheiro para esse suspeito, que tem envolvimento com o tráfico de drogas. O atentado teria acontecido no momento marcado para a devolução da quantia. Se essa versão for confirmada, será mais um registro na extensa ficha criminal do empresário.
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Em maio de 2023, Aderbal foi denunciado por ter vendido uma placa solar danificada, sem funcionamento, a um cliente da parte alta de Maceió. Após o pagamento, o cliente tentou contato com o empresário para trocar o equipamento, mas foi bloqueado nas redes sociais e não teve mais retorno.
Em fevereiro de 2024, outro cliente relatou ter fechado um contrato com Aderbal para a compra de uma placa solar. Após o pagamento de R$ 16.470 via transferência bancária, o empresário desapareceu. O cliente fez buscas por telefone, redes sociais e até pessoalmente, mas não conseguiu mais contato. O caso também foi registrado como estelionato.
Aderbal foi apontado como um dos suspeitos de um homicídio registrado no bairro Santa Lúcia, em 2023. O crime envolveu o assassinato de um homem dentro de um carro. A vítima havia recebido uma ligação e saiu de casa minutos antes de ser alvejada por disparos. Durante as investigações, o nome de Aderbal surgiu a partir de trocas de mensagens e movimentações suspeitas no dia do crime.
Em novembro de 2024, Aderbal foi flagrado ao tentar receber uma carga desviada de acessórios para placas solares. O material era destinado à Equatorial. Ele já vinha sendo investigado por participação em uma rede de desvio de cargas. No dia da operação, fugiu ao ver os policiais, mas foi interceptado na região da Barra de São Miguel.
Em janeiro de 2025, um advogado denunciou ter sido contratado por um primo de Aderbal para atuar em sua soltura, quando ele estava custodiado no Presídio Baldomero Cavalcanti. Segundo o boletim, o acordo era de R$ 35 mil, mas, após ser solto, o empresário não cumpriu com o pagamento. O advogado alegou ter sido enganado, como já havia ocorrido com outras vítimas, e formalizou o caso à polícia.
VÍDEO mostra momento que motorista sofre atentado a tiros na Ponta Verde, em Maceió
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