
Autoridades classificaram o mexicano Julio César Chávez Jr. como uma ameaça e disseram que ele tem relações com o crime. Defesa diz que acusações são absurdas. Julio Cesar Chavez Jr. participou de luta em 27 de junho de 2025
AP Photo/Chris Pizzello
O boxeador mexicano Julio César Chávez Jr. foi preso nos Estados Unidos por permanecer no país de forma irregular. Nesta quinta-feira (3), as autoridades imigratórias afirmaram que ele será deportado para o México, onde enfrenta acusações de envolvimento com o crime organizado.
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A prisão ocorreu poucos dias depois de ele perder uma luta para Jake Paul, na Califórnia. Segundo o advogado Michael Goldstein, Chávez foi abordado por vários agentes federais enquanto andava de patinete em frente à casa dele, em Studio City.
“As acusações são absurdas e mais uma manchete para assustar a comunidade”, afirmou Goldstein. O advogado disse não saber onde o boxeador estava detido.
Chávez tem uma audiência marcada no tribunal para o dia 7 de junho. Ele é investigado em um caso de porte de arma. Além disso, o boxeador precisa dar informações sobre o andamento de um tratamento contra dependência química.
O Departamento de Segurança Interna informou que agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) detiveram Chávez por permanecer no país após o vencimento do visto de turista em fevereiro de 2024. Ele havia entrado nos EUA em agosto de 2023.
No ano passado, as autoridades classificaram o boxeador como “ameaça significativa à segurança pública”. Segundo o governo, Chávez tem um mandado de prisão aberto no México por envolvimento com o crime organizado e tráfico de armas, munição e explosivos. Ele seria ligado ao cartel de Sinaloa.
O governo Trump informou que Chávez solicitou o “green card” em 2 de abril de 2024, com base no casamento com a cidadã americana Frida Muñoz. Ela é ex-companheira de Édgar Guzmán López, filho falecido de Joaquín “El Chapo” Guzmán, líder do cartel de Sinaloa.
As autoridades disseram que Chávez apresentou declarações fraudulentas no pedido.
Carreira no boxe
O boxeador tinha lutado apenas uma vez desde 2021 antes do combate contra Paul. Ao longo da carreira, enfrentou problemas com doping, suspensões e não cumprimento de peso.
Mesmo assim, chegou ao topo ao conquistar o cinturão dos médios do Conselho Mundial de Boxe (WBC) em 2011, defendendo-o três vezes. Ele enfrentou nomes como Canelo Álvarez e Sergio Martinez, perdendo para ambos.
Após longos períodos de dependência química, o boxeador fez tratamento em uma clínica em Sinaloa e afirmou estar limpo para a luta contra Paul. Durante a preparação, apresentou melhor forma física em anos.