Al-Hilal elimina o favorito Manchester City e encara o Fluminense na próxima fase da Copa do Mundo de Clubes


O time da Arábia Saudita venceu o inglês por 4 a 3 na prorrogação. Al-Hilal ignora favoritismo do Manchester City em um jogo espetacular
O adversário do Fluminense se classificou na noite de segunda-feira (30) em um jogo espetacular. O Al-Hilal, da Arábia Saudita, ignorou o favoritismo do Manchester City, da Inglaterra.
Pep Guardiola à beira do campo, aguardando pelo pior. Cena rara. Geralmente é o contrário que acontece. São os times montados por um dos treinadores mais vitoriosos da história que envolvem os adversários.
“Mentalmente é mais importante, porque jogar contra um City, você fica com a cabeça muito tensa”, diz Malcom, atacante do Al-Hilal.
Tensão que durou 135 minutos, somando tempo normal, prorrogação e acréscimos.
“Vimos uma grande partida, foi uma experiência única. Lutamos muito. Estou triste por ir embora”, diz Pep Guardiola, técnico do Manchester City.
O início parecia que seguiria o protocolo de uma vitória tranquila do City. Bernardo Silva: 1 a 0. O time inglês poderia ter, sim, feito um placar elástico. É que no gol do Al-Hilal tem um marroquino que parece feito de borracha. Bono colecionou defesas difíceis. Uma, deitado, foi um dos lances mais impressionantes do torneio.
“A gente soube administrar a pressão que eles fazem”, afirma o atacante Marcos Leonardo.
Al-Hilal elimina o favorito Manchester City e encara o Fluminense na próxima fase da Copa do Mundo de Clubes
Jornal Nacional/ Reprodução
Nos primeiros seis minutos do segundo tempo, o Al-Hilal virou com gols brasileiros: Marcos Leonardo e Malcom. Mas o City tem um artilheiro de 300 gols na carreira. Haaland fez o de número 301. Empate em 2 a 2: prorrogação.
A essa altura, o público no estádio em Orlando já estava em êxtase. Iria ficar ainda mais. O senegalês Koulibaly fez o terceiro do Al-Hilal. Mas a torcida do City logo festejou o empate. Foden: 3 a 3. Partida se encaminhando para os pênaltis. Jogadores extenuados. Marcos Leonardo caiu no chão. Mas implorou para não ser substituído.
“Falei para o mister: ‘Não, não, vou sair não, vou sair não’. Aí, curiosamente, no lance do gol, quando domino, sinto câimbra nas duas pernas”, conta Marcos Leonardo.
Quase sem forças, no chão, o brasileiro fez o quarto. O gol de uma vitória épica.
“Vai ficar marcado tanto na minha vida, quanto na vida do Al-Hilal, o clube, como na vida de todos os árabes”, afirma Marcos Leonardo.
Pela primeira vez, um time da Ásia derrotou um europeu em competição oficial.
“Escalamos o Everest sem oxigênio”, comparou o italiano Simone Inzaghi, técnico do time saudita.
Um super favorito vai embora. Eliminado por um time que faz parte do projeto de um país. O Al-Hilal tem um dos maiores investimentos do futebol fora da Europa, financiado com dinheiro do governo da Arábia Saudita.
“Nós sabemos da qualidade que temos. Tem jogador ali que já jogou Champions League”, diz Renan Lodi.
Agora, eles querem avançar mais uma casa na ambição. Passar às semifinais. A vaga será disputada na sexta-feira (4), no mesmo estádio, contra o Fluminense.
“Vai ser um grande jogo, a gente e o Fluminense. Se Deus quiser, a gente possa sair vitorioso com a classificação”, diz Marcos Leonardo.
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