Antônio Carlos Souza da Cruz será julgado por homicídio qualificado e feminicídio nesta segunda-feira (30). Fórum de Justiça de Santarém
Kamila Andrade/g1
A 3ª Vara Criminal de Santarém, no oeste do Pará, realiza nesta segunda-feira (30), o julgamento do acusado Antônio Carlos Souza da Cruz por feminicídio. De acordo com informações dos autos do processo, o réu teria tido uma discussão com a vítima, cometido o crime e depois tentado manipular o o ambiente para que parecesse um suicídio.
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O acusado de matar a companheira em 12 de setembro de 2023, responde por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, meio que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, crime agravado pelo fato de a vítima ser mulher e pelo histórico de violência doméstica.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, o crime teria ocorrido na residência do casal, no início da manhã, após uma discussão na noite anterior. A vítima, com quem o acusado conviveu por 14 anos e teve dois filhos (um de 9 anos e outro de 1 ano), foi estrangulada em um cômodo anexo da casa, na presença dos filhos.
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Relatos do inquérito policial apontam que o crime foi motivado por ciúmes e que há registros de agressões anteriores cometidas pelo acusado. Após o homicídio, Antônio teria posicionado o corpo da vítima na cama do casal com a ajuda do filho mais velho. O bebê de um ano ainda chegou a se alimentar da mãe já sem vida. Somente horas depois, o acusado procurou ajuda externa e comunicou a morte à família da vítima.
Durante o inquérito, Antônio Carlos apresentou versões conflitantes, alegando inicialmente que a companheira teria se suicidado por estar, segundo ele, “possuída” — versão que não se sustentou frente às provas técnicas e depoimentos colhidos. A prisão preventiva foi decretada após ele ser confrontado com as inconsistências dos relatos.
A sessão será presidida pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal, Gabriel Veloso de Araújo. A Promotora de Justiça, Mariana Dantas, atuará na acusação e a defesa será conduzida pelo Defensor Público, George Aguiar. Estão previstas as oitivas de cinco testemunhas, incluindo vizinhos, familiares do casal e a delegada responsável pelo caso, Vanessa Travassos Cutrim.
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A sessão é aberta ao público e poderá ser acompanhada ao vivo pela página oficial do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
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