
Entre os presos está uma mulher venezuelana, que, segundo a polícia, recebia os aparelhos roubados e os revendia em um bar no Centro da cidade. Polícia prende três pessoas suspeitas de participar da “gangue da maçã”
A Polícia Militar prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento em crimes de furto, roubo e receptação de celulares em Belo Horizonte. Segundo a corporação, os suspeitos integram um esquema em que os aparelhos eram subtraídos nas ruas e posteriormente revendidos em um bar no Centro da capital.
Entre os detidos estão dois homens de 19 anos, com passagens por tráfico de drogas, furto, roubo e receptação. A terceira suspeita é uma mulher venezuelana, de 31 anos, que vive legalmente no Brasil há quatro anos. De acordo com a PM, ela também já foi detida anteriormente por receptação.
A quadrilha é conhecida como “Gangue da Maçã”, pelo alvo principal ser o iPhone, celular da marca Apple.
A prisão aconteceu após o furto de um celular na Avenida Tereza Cristina, na altura do bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de BH.
A vítima, uma motorista de aplicativo de 34 anos, contou à polícia que estava parada em um semáforo quando teve o aparelho arrancado do painel por um dos suspeitos, que fugiu com um comparsa. O crime foi registrado por câmeras e transmitido ao vivo.
“Foi nos passado, através do serviço de inteligência, possíveis autores que têm cometendo esses delitos nesse mesmo modus operandi. Em meio a isso, a vítima também passou o rastreamento do celular, que coincidiu com o endereço de um desses suspeitos. Quando a viatura chegou, nas imediações da Pedreira Prado Lopes, ao avistarem os suspeitos jogaram o celular ao solo e tentaram adentrar na residência. Nada de ilícito foi localizado, mas esse aparelho apresentava as mesmas características que a vítima havia informado”, relatou o soldado Yuri Cardoso, da Polícia Militar.
Ainda segundo a PM, os celulares furtados eram levados até um bar conhecido como “Bar da Venezuelana”, nos arredores da Rodoviária.
“Eles levariam esse celular até um bar no Centro da cidade, chamado Bar da Venezuelana. Chegamos no bar e tinha uma mulher na porta dele, que, quando viu a viatura, ela estava com um objeto enrolado num papel alumínio, tentou dispensar pra dentro do bar, entrou no bar como se nada tivesse acontecido, e a abordamos”, afirmou o soldado.
No local, os militares apreenderam oito celulares, quatro correntes de ouro, um notebook e R$ 612 em dinheiro. Um dos presos, identificado apenas como Jotta, aparecia ostentando os produtos nas redes sociais.
“Minha mãe Venezuela deixa é forte, né”, publicou o suspeito em vídeo, exibindo um tênis que teria sido comprado com o dinheiro obtido na venda de aparelhos roubados e furtados.
Os três detidos foram encaminhados à Delegacia do bairro Alípio de Melo, na Região da Pampulha.
Furto na Avenida Tereza Cristina foi transmitido nas redes sociais.
Reprodução/TV Globo
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