Prefeito do Cabo de Santo Agostinho solicita envio da Força Nacional de Segurança ao município


Lula Cabral (SD) se reuniu com a governadora Raquel Lyra (PSD) para que a formalização do pedido seja feito ao governo federal. Gestor afirma que efetivo policial é insuficiente. Lula Cabral se reúne com Raquel Lyra para solicitar intervenção da Força Nacional no Cabo
O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (SD), se reuniu com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), na tarde desta quarta-feira (25), para entregar um ofício que solicita a intervenção da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para combater a violência na cidade (veja vídeo acima).
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A reunião foi solicitada no início de maio, quando o gestor afirmou, em entrevista a uma emissora de rádio, que iria solicitar a mediação do governo estadual para demandar a intervenção federal na cidade do Grande Recife.
De acordo com a gestão municipal, a cidade tem realizado esforços para a ampliação de programas e ações ligados à segurança, mas vem sofrendo com a falta de apoio do estado na prevenção e combate à criminalidade.
Lula Cabral afirmou que o efetivo do 18º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, conta com apenas 320 policiais para atender a cerca de 320 mil pessoas, o que significa um PM para cada mil habitantes, número considerado “insuficiente” pelo prefeito.
Segundo o Governo Federal, as atividades de cooperação federativa são desempenhadas por militares dos estados, do Distrito Federal e por servidores dos órgãos de segurança pública, do sistema prisional e de perícia criminal dos entes federativos que celebrarem convênio.
Segundo a Secretaria de Defesa Social, o Cabo de Santo Agostinho registrou 68 homicídios entre janeiro e maio de 2025.
Em 2023, o Cabo de Santo Agostinho era uma das 50 cidades mais violentas do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, e a mais violenta de Pernambuco, com uma taxa de 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. O levantamento de 2024 contempla apenas as dez cidades mais violentas, e o Cabo não aparece na lista.
O que diz o governo de Pernambuco
Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, com a governadora Raquel Lyra, nesta quarta (25)
Hesíodo Góes/Divulgação
O g1 procurou o governo de Pernambuco para questionar se o pedido de intervenção seria encaminhado ao governo federal e o que a gestão estadual tinha a dizer sobre o número de policiais disponíveis para os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.
Em nota, o estado disse que “houve uma queda de 14% nos registros de homicídios entre os meses de janeiro e junho (até o dia 24) de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024” e que, em maio deste ano, “o estado entrou no 13º mês consecutivo de queda nos números de homicídios”.
O governo estadual disse também que, em agosto, 2,4 mil novos policiais militares estarão formados e aptos a ir às ruas, mas não informou quantos serão direcionados ao 18º Batalhão. A gestão estadual também não informou se irá encaminhar a solicitação de Lula Cabral ao governo federal.
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