
O valor é suficiente para manter uma UPA como a do Campo Grande em funcionamento por um mês, atendendo cerca de 14 mil pessoas nesse período, segundo coordenadora de informação da rede. Rede Mário Gatti registra 14 mil objetos furtados em UPAs e hospitais de Campinas
Um levantamento da prefeitura de Campinas (SP) aponta que a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar teve prejuízo de R$ 667.165,70 em itens furtados das unidades de saúde, entre junho de 2024 e junho de 2025.
No total, foram extraviados 14.071 itens que fazem parte do sistema de saúde pública municipal, como assentos sanitários, torneiras, cobertores, toalhas de banho, roupas de cama, blusas, calças de pijama e camisolas. Confira abaixo.
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De acordo com a coordenadora de informação da Rede Mário Gatti, Andrea Von Zuben, esse custo pode manter em funcionamento, por um mês, uma UPA que atenda cerca de 14 mil pessoas nesse período.
Os objetos furtados afetam os atendimentos realizados nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Carlos Lourenço, São José, Campo Grande e Padre Anchieta, segundo a prefeitura
No total, foram extraviados 14.071 itens que fazem parte do sistema de saúde pública de Campinas, como assentos sanitários, torneiras, cobertores, toalhas e roupas.
Reprodução EPTV
Itens mais furtados
O levantamento aponta que o item mais extraviado na rede é o lençol, somando 8.882 unidades em um ano, seguido de camisolas, com 2.089.
As toalhas de banho extraviadas somaram 1.847 e os cobertores, 410. As fronhas totalizam 107, além de blusas e calças de pijamas (25 e 23, respectivamente).
Também chama a atenção o número de itens que são furtados dos banheiros das unidades: foram 564 torneiras extraviadas no período, além de 124 assentos sanitários.
De acordo com Andrea Von Zuben, coordenadora de informação da Rede Mário Gatti, o valor do prejuízo é suficiente para manter uma UPA como a do Campo Grande por um mês.
“A gente poderia investir em medicamentos, insumos, soro, manutenção de equipamentos. Na UPA Campo Grande, passam 14 mil pessoas por mês, entre crianças e adultos. Esse valor manteria todos os equipamentos, todos os insumos e todos os medicamentos de uma UPA como essa por um mês”, detalha.
A coordenadora afirma que a quantidade de furtos acaba impactando a população.
“O recurso da saúde é sempre escasso, porque é muita gente, para atendimentos muito complexos. Um custo desse traz um prejuízo enorme para a população”, avalia.
Para tentar diminuir os prejuízos à saúde pública, o setor de humanização da Rede Mário Gatti está desenvolvendo o projeto Mãos que Cuidam, para conscientizar os usuários sobre a conservação dos itens e espaços públicos das unidades, a partir de ações como dinâmicas participativas.
Objetos furtados afetam atendimentos realizados nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, e nas UPAs Carlos Lourenço, São José, Campo Grande e Padre Anchieta, em Campinas.
Reprodução EPTV
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