
Um dos assuntos mais comentados na atualidade é a alopecia, que é a perda de cabelo ou pelo em qualquer parte do corpo. A International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS) estima que cerca de 42 milhões de pessoas no Brasil sofrem de alopecia, sendo que 40% dessas pessoas são mulheres. O tipo mais comum é a que se manifesta no couro cabeludo, a calvície, e pode ter várias causas, tipos e graus.
Entre os principais sintomas de alopecia estão perda de mais de 100 fios de cabelo por dia, fios de cabelo mais finos e a presença de áreas, no couro cabeludo ou barba, com pouco ou nenhum cabelo ou pelo. Apesar de acontecer principalmente na cabeça, os sinais de alopecia podem ser notados em qualquer região do corpo com pelo, como barba, cílios, sobrancelhas, pelos do nariz e pelos pubianos.
Já os tipos mais comuns são a alopecia areata, que é considerada uma doença autoimune, onde as células ao redor do folículo capilar o atacam e impedem a produção de novos fios, causando falhas, e a alopecia por tração, que acontece quando a pessoa faz muitos penteados, como tranças e rabos de cavalo apertados, forçando a raiz do cabelo.
A alopecia androgenética, ligada a condição genética, é a mais comum, sendo a principal causa de queda de cabelo em homens, responsável por mais de 90% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Porém, não é uma exclusividade masculina, ela afeta cerca de 5% da população feminina. Nas mulheres, é comum afetar a parte da frente do couro cabeludo, onde podem ser observados cabelos mais ralos e finos.
IMPORTÂNCIA DO BEM-ESTAR
A empresária Laura Pedrosa sempre se incomodou com a linha frontal, também conhecida como “hairline”, que é a linha de cabelo na parte frontal da cabeça, já que era muito fina. Ela sentia o cabelo mais firme na parte de trás e na frente com muita queda e fios fracos. Durante a pandemia, em 2021, quando ela teve covid-19, que essa queda capilar piorou muito.
Antes e depois do transplante capilar de Laura.
Laura Pedrosa/Imagens cedidas
Nesse período ela iniciou uma busca por um diagnóstico e uma solução para o problema capilar, que afetava a autoestima dela. Trabalhando com internet no período pandêmico, ela sentia que o cabelo era um mix de texturas, uma parte mais firme atrás e na frente com falhas e quebradiços, o que ficava evidente na tela frontal do celular. Com orientação médica, ela optou pelo transplante capilar, procedimento em crescimento no Brasil.
O procedimento, que visa restaurar o cabelo em áreas com calvície ou afinamento, tem se popularizado devido aos avanços tecnológicos, resultados mais naturais e maior conscientização sobre a importância da autoestima e saúde capilar. No caso da Laura, a cirurgiã plástica Leonora Mansur (CRMMG 38734) utilizou uma técnica moderna.
A Laura é muito bonita, se cuida muito e tinha uma testa muito alta, então ela não tinha uma boa moldura do rosto. Nós fizemos na Laura o rebaixamento da testa, com raspagem escondida, dentro do cabelo dela, de modo que no pós-operatório ela pôde usar os fios soltos ou presos
A médica destaca a segurança do procedimento:
A redução da testa feminina com o transplante capilar é uma cirurgia simples, muito segura e com alto índice de satisfação. Ela é feita com sedação venosa, por médicos anestesiologistas, com toda a segurança e sem dor. Como área doadora, usamos uma parte escondida dentro do cabelo do paciente. Esse processo trás uma melhora da autoestima
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Foi o que sentiu a empresária Laura com três meses pós procedimento, ela já via o resultado, além de ser um processo sem dor e desconforto. Com as novas técnicas para transplante capilar, ela faria todo o procedimento novamente:
Só de pensar na tranquilidade do pós, eu faria de novo sim. Importante destacar que só tratamentos e produtos com recomendações de profissionais capacitados de fato funcionam, por isso eu procurei um local de confiança
Para a psicóloga Ana Flávia (CRP 04/52171), a saúde capilar vai além da estética e está profundamente ligada à autoestima e ao bem-estar emocional de uma pessoa. Cabelos saudáveis e bem cuidados podem aumentar a autoconfiança, enquanto problemas capilares, como a queda de cabelo, podem ter um impacto negativo significativo na autoimagem.
A queda de cabelo, seja temporária ou permanente, pode ter efeitos profundos na saúde mental de um indivíduo. Ansiedade, depressão e insegurança são algumas das consequências para quem convive com a queda. O transplante capilar pode ser um procedimento transformador, não apenas do ponto de vista estético, mas também no que diz respeito à saúde mental e à qualidade de vida do paciente, sendo uma alternativa positiva para quem lida com a queda capilar.
TÉCNICAS NO TRANSPLANTE CAPILAR
As duas técnicas mais comuns de transplante capilar são:
🟥 FUT (Follicular Unit Transplantation): Envolve a remoção de uma faixa de couro cabeludo da área doadora, seguida da separação dos folículos capilares e o implante nas áreas receptoras. Geralmente, deixa uma cicatriz linear na área doadora.
🟥 FUE (Follicular Unit Extraction): É uma técnica menos invasiva, na qual os folículos capilares são extraídos individualmente da área doadora e implantados nas áreas receptoras. Geralmente, deixa cicatrizes mínimas e permite uma recuperação mais rápida.
A International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS) é uma organização internacional que reúne especialistas em restauração capilar e fornece informações sobre as últimas tendências e tratamentos para alopecia. A busca por tratamentos de restauração capilar tem ganhado um novo perfil nos últimos anos: mais jovem, mais feminino e cada vez mais consciente. Dados do novo Censo de Práticas da ISHRS, divulgados em agosto de 2025, mostram que 95% dos pacientes que realizaram transplante capilar em 2024 tinham entre 20 e 35 anos. O levantamento também revela um crescimento de 16,5% no número de mulheres que procuraram a cirurgia em comparação com 2021, sinalizando mudanças culturais e maior consciência sobre saúde capilar.
No Brasil, o movimento acompanha essa tendência global. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), a maior parte dos procedimentos realizados no país em 2022 foi feita por pacientes entre 30 e 39 anos — um indicativo de que a preocupação com a calvície vem começando mais cedo.
Assim como qualquer procedimento médico, é preciso ter cuidado.
🔴 Pesquise e escolha um profissional experiente: é fundamental pesquisar e escolher um cirurgião plástico ou dermatologista com experiência em transplante capilar e com boa reputação.
🔴 Verifique a qualificação da clínica: certifique-se de que a clínica onde o procedimento será realizado possui registro e segue as normas de saúde.
🔴 Avalie o custo do procedimento: o custo do transplante capilar pode variar dependendo da técnica, da clínica e da quantidade de folículos a serem transplantados. É importante avaliar todos esses fatores antes de tomar uma decisão.
🔴 Entenda os riscos e complicações: como qualquer procedimento cirúrgico, o transplante capilar pode apresentar riscos e complicações, como infecção, sangramento ou resultados insatisfatórios. É importante discutir esses riscos com o médico antes de realizar o procedimento.
🔴 Siga as orientações pós-operatórias: o pós-operatório é fundamental para o sucesso do transplante capilar. Siga as orientações do médico em relação aos cuidados com o couro cabeludo, medicação e retorno às atividades.
A mídia tem desempenhado um papel importante na conscientização sobre a alopecia e as alternativas para quem passa por esse processo, com relatos de figuras públicas que compartilham suas experiências com a condição, ajudando a normalizar e reduzir o estigma associado à alopecia.
Dra. Leonora Mansur CRMMG 38734 | RQE 27802