Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador do IPHAN, será Patrono do Fliparacatu


O Patrono do Fliparacatu 2025 será o belo-horizontino Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador do atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), considerado uma das mais importantes personalidades do século XX. É autor do excelente livro de contos “Velórios”, publicado em 1923.
Rodrigo é filho da paracatuense Dália Melo Franco de Andrade e, tendo perdido o pai aos três anos de idade, foi praticamente criado por Afonso Arinos, autor de “Pelo Sertão”. Nasceu em 17 de agosto de 1898, ou seja, o Brasil vai comemorar 127 anos do seu nascimento no mês do Fliparacatu.
Patrono desta edição do Festival, escritor e defensor do patrimônio nasceu em Belo Horizonte, mas herdou da mãe paracatuense o amor pelas artes e pela cultura brasileira
Acervo IPHAN/ Divulgação
Quem foi a paracatuense Dália Melo Franco de Andrade
Dália Melo Franco de Andrade, mãe de Rodrigo Melo Franco de Andrade, nasceu por volta de 1879 em Paracatu, Minas Gerais. Filha de Virgílio Martins de Melo Franco, político e intelectual influente, e de Anna Leopoldina Pinto da Fonseca, ela pertencia a uma das famílias mais prestigiadas de Minas Gerais, com forte presença na política, na literatura e na cultura do estado.
Em 8 de março de 1897, Dália casou-se com Rodrigo Bretas de Andrade, advogado, professor de Direito Criminal e procurador seccional da República. Juntos, tiveram três filhos: Rodrigo, Vera e Randolpho Bretas de Andrade. Rodrigo Bretas faleceu precocemente, aos 30 anos, quando Rodrigo Melo Franco de Andrade tinha apenas três anos de idade.
Após a morte do marido, Dália permaneceu viúva e foi apoiada por sua numerosa família, especialmente pelos irmãos Afonso Arinos de Melo Franco e Afrânio de Melo Franco, figuras de destaque na literatura e na diplomacia, respectivamente. Rodrigo Melo Franco de Andrade, órfão de pai desde cedo, foi acolhido por seus tios em Paris, onde teve acesso a uma educação refinada e a um círculo intelectual influente.
Embora Dália não tenha sido uma figura pública, sua influência na formação de Rodrigo foi significativa. Ela transmitiu-lhe o gosto pelas letras e pelas artes, herança de sua família, e proporcionou-lhe um ambiente propício ao desenvolvimento intelectual e artístico.
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