
João Igor internado após ser baleado por PM em rodoviária de SP
Reprodução/Instagram
O cantor gospel João Igor recebeu alta na noite desta quinta-feira (31) do Hospital São Lucas, após ser baleado por um policial militar dentro de um ônibus no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
De acordo com a advogada do artista, Aline Sousa, ele foi submetido a exames complementares e medicado para aliviar as dores intensas no local do ferimento. João agora aguarda o retorno médico sobre a possibilidade de uma cirurgia no braço, considerada de risco.
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“Ele recebeu medicação na veia para dor e foi avaliado por um ortopedista. O médico explicou que a região afetada é muito sensível, com diversos estilhaços espalhados, o que torna o procedimento cirúrgico mais delicado”, disse a advogada.
Aline informou ainda que se encontrará com o cantor nesta sexta-feira (1º) para discutir a busca por uma segunda opinião médica, antes de definir se a cirurgia será realizada. Por enquanto, João segue sob uso de medicamentos para controle da dor.
Com o braço enfaixado, o cantor gravou um novo vídeo nas redes sociais, em que mostra os ferimentos causados pelos tiros e questiona a ação do policial. “Ele não atirou para matar? Foi à queima-roupa”, afirmou.
Na tarde de quinta-feira, ainda internado, João já havia publicado outro vídeo em que agradeceu pelas mensagens de apoio que tem recebido. “Passando para agradecer cada um de vocês que oraram por mim, torcendo pela minha recuperação. Muito obrigado a todos. Que Deus abençoe vocês, em nome do Senhor Jesus. Eu nasci de novo”, declarou.
João tem 1 milhão de seguidores e viralizou após um encontro inusitado com uma influenciadora durante uma live neste ano. Os dois cantaram juntos um louvor famoso, e o vídeo alcançou mais de 2 milhões de visualizações.
Na última quarta-feira (30), ele foi baleado após confusão com um policial militar dentro de um ônibus. Ele seguia para Bauru, interior de São Paulo, para fazer shows. Nas redes sociais, uma igreja evangélica da cidade anunciou que receberia o cantor pela primeira vez.
Para a Polícia Civil, o policial militar disse que abordou João e seu irmão ao sentir cheiro de maconha. Já o irmão de João, Maikon da Silva Leite, disse que não estava com droga e que o cigarro que ele tinha era comum.
À TV Globo, Maikon afirmou que estava com o irmão sentado no fundo do ônibus quando foram abordados pelo policial.
“Infelizmente, o policial se alterou e confundiu, não sei se pela cor, pelas tatuagens, falando que a gente estava com cheiro de droga, mas a gente não estava com droga nenhuma. Olhei para ele e falei para ele que meu irmão era digital influencer, que não precisava fazer isso, mas ele apontou a arma e se alterou. E começou o disparo lá dentro”, acrescentou.
Maikon disse também que acabou caindo assim como o policial. “Quando percebi, meu irmão já estava com dois tiros no braço”, contou.
Para ele, o policial agiu de forma autoritária e perdeu o controle da situação. “Parece aquele tipo de agente que muda quando está com uma arma na mão. Ele mesmo se desequilibrou e se desesperou achando que a gente ia pegar a arma dele. Mas tudo o que a gente queria era descer, porque ele estava alterado.”
O jovem também ressaltou que o cigarro encontrado com ele era comum. “O cigarro era meu. Cigarro, cigarro. Eu fumo cigarro. Maconha, não”, afirmou.
A Secretaria da Segurança Pública disse, em nota, que foi encontrada na bolsa do cantor “substância com características semelhantes à maconha”. O material foi levado para análise laboratorial do Instituto de Criminalística (IC).
* Sob a supervisão de Paula Lago
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