Durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (28), o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto afirmou que houve um “silêncio ensurdecedor” do Exército diante do acampamento de manifestantes em frente ao Quartel-General da Força, em Brasília, após as eleições de 2022. Segundo ele, esse vácuo de posicionamento deu margem para que a população interpretasse que a corporação apoiava o movimento.
“Com aquele pessoal ali acampado na frente dos quartéis, esse vácuo ali… estavam deixando os manifestantes cada vez mais [atuantes]. Toda hora lá gente discursando, parlamentares, a gente escutava. O Exército estava apoiando? Claro que não. Mas dava margem. Ia ser um barata-voa. Muita gente poderia aderir. Um informativo do Exército seria importante”, disse o coronel.
O coronel está entre os réus do núcleo 3 da trama golpista, grupo acusado de executar ações coercitivas contra autoridades públicas. Ele e outros nove militares ouvidos nesta segunda-feira integram o grupo conhecido como “kids pretos”, formado por integrantes de forças especiais do Exército.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse núcleo atuou no planejamento e execução de medidas ilegais para tentar impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os crimes atribuídos aos réus estão golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
O interrogatório marca a reta final da fase de instrução processual. Após a conclusão desta etapa, a defesa e a acusação poderão solicitar diligências adicionais antes da apresentação das alegações finais.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
“Com aquele pessoal ali acampado na frente dos quartéis, esse vácuo ali… estavam deixando os manifestantes cada vez mais [atuantes]. Toda hora lá gente discursando, parlamentares, a gente escutava. O Exército estava apoiando? Claro que não. Mas dava margem. Ia ser um barata-voa. Muita gente poderia aderir. Um informativo do Exército seria importante”, disse o coronel.
O coronel está entre os réus do núcleo 3 da trama golpista, grupo acusado de executar ações coercitivas contra autoridades públicas. Ele e outros nove militares ouvidos nesta segunda-feira integram o grupo conhecido como “kids pretos”, formado por integrantes de forças especiais do Exército.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse núcleo atuou no planejamento e execução de medidas ilegais para tentar impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os crimes atribuídos aos réus estão golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
O interrogatório marca a reta final da fase de instrução processual. Após a conclusão desta etapa, a defesa e a acusação poderão solicitar diligências adicionais antes da apresentação das alegações finais.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.