Tradicional Feira do Doce atrai turistas de todo o Brasil em Pelotas


Começou em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a Feira do Doce. Reconhecido como patrimônio imaterial, a tradição doceira atrai milhares de turista à cidade.
Dona Onélia segue uma tradição de família, que já dura um século. “É muito bom, por que a gente aprende com eles né. A mãe fazia e botava nas latas pra nós ter doce para comer durante o ano. Então, a gente tudo ajudava”, conta a doceira.
Tradicional Feira do Doce atrai turistas de todo o Brasil em Pelotas
Reprodução Jornal Nacional
Por aqui, tem ninhos, quindins, bem-casados, camafeus… e o preferido do Gabriel:
– Repórter: Qual você escolheu hoje?
– Gabriel das Neves, de 9 anos: Brigadeiro.
São 42 docerias na edição desse ano. A feira representa cerca de 60% da renda anual para a maioria delas.
“A Fenadoce, nos 19 dias, nos dá uma rentabilidade na qual a gente consegue aprimorar em equipamentos, investir em profissionais, cursos. É fundamental pro crescimento da empresa e dos funcionários”, destaca o doceiro Willian Bettanzos Damasceno.
A indústria do doce movimenta R$ 30 milhões por ano na economia de Pelotas, no sul gaúcho. Essas delícias são resultado de uma mistura cultural: dos portugueses, vieram as receitas à base de ovos. E os negros escravizados, trouxeram ingredientes como o coco e as castanhas.
A tradição doceira já ganhou reconhecimento. O jeito único de fazer os doces em Pelotas é considerado patrimônio cultural e imaterial do país pelo Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Tudo o que é feito lá ganha um selo: um certificado de origem e qualidade.
“São doces com 200 anos de história e que vêm com toda uma receita, tudo aquilo que a gente segue. O selo garante que esse doce foi produzido aqui por nós”, ressalta Simone Bica, presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas.
E a feira atrai turistas de todo o Brasil. A Mariana veio com com a família, de Fortaleza.
“Minha sogra é pelotense, sempre nos apresentou os doces e a gente se apaixonou. Então, a gente sempre vem pra Fenadoce, sempre que dá, a gente dá um pulinho”.
A feira vai até o dia 3 de agosto. Para quem passa pelo evento, o sabor é só uma parte da experiência.
“É uma sensação maravilhosa, a gente vai às nuvens. Tanta beleza, tanta dedicação dessas meninas fazendo esses doces com tanto amor”, afirma a professora, Elza Mara Oliveira.
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