Suspeito é indiciado por vender imagens íntimas de estudante de 19 anos do AP sem consentimento


Fotos íntimas de amapaense eram comercializadas por homem em São Paulo
Um homem 22 anos, morador de São Paulo (SP), foi indiciado pela Polícia Civil do Amapá por vender vídeos e fotos íntimos de uma estudante universitária e criar um perfil falso com o nome dela. O caso é investigado pela 9ª Delegacia de Polícia de Macapá.
A vítima, de 19 anos, é moradora de Macapá. Em depoimento à polícia, a jovem afirmou que nunca enviou os arquivos para ninguém e que o conteúdo estava armazenado apenas em seu celular.
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“Mesmo sem envio direto, há formas de acesso indevido. Basta um clique em um link malicioso para que o material seja capturado. Por isso, orientamos que ninguém produza ou armazene esse tipo de conteúdo em seus dispositivos”, alertou o delegado Nixon Kenedy.
Homem criou perfil falso e vendia imagens íntimas de jovem do Amapá, sem o consentimento da vítima
Divulgação/Polícia Civil
Delegado Nixon Kenedy, da 9ª Delegacia de Polícia da Capital
Isadora Pereira/g1
A vítima descobriu a exposição após ser alertada por uma pessoa de outro estado que havia comprado o conteúdo.
O comprador desconfiou da autenticidade das imagens e encontrou o perfil verdadeiro da vítima nas redes sociais. Ele entrou em contato e a alertou. Em seguida, ela procurou a delegacia e registrou a ocorrência.
Delegacia de Polícia do Zerão, em Macapá
Isadora Pereira/g1
Durante a apuração, a polícia confirmou que o suspeito de 22 anos foi o responsável pela criação do perfil e pela divulgação das imagens. Ele deve responder por divulgação de nudez e falsidade ideológica.
“É o quinto caso semelhante que apuramos na delegacia. Infelizmente, são situações recorrentes. A vítima não conhecia o autor, que é de outro estado, e não tinha qualquer vínculo com ele”, afirmou
O perfil falso oferecia os vídeos por valores variados — em alguns casos, até com ‘promoções’, como conteúdo especial por R$ 30. Foi solicitada pela polícia a exclusão imediata da conta com provas digitais para o inquérito.
O suspeito já tinha outras passagens por divulgação de conteúdo íntimo e lucrava com a prática. Nixon contou que ainda não é possível estimar o valor total obtido, no entanto, ele afirmou que a quantia ultrapassa milhares de reais.
“Ele obteve vantagem financeira com a venda do material. O prejuízo à imagem, honra e reputação da vítima é enorme. É uma conduta absolutamente reprovável”, disse Nixon.
O inquérito está em fase final e será encaminhado à Justiça. O suspeito não está preso, mas foi formalmente indiciado. Se outras vítimas forem identificadas, novos procedimentos serão abertos. O delegado destacou ainda que o suspeito se recusou a colaborar com as investigações.
“Foi chamado para depor, mas não respondeu às mensagens nem quis prestar esclarecimentos. É comum em crimes digitais que o autor tente se esquivar, mas isso não impede o indiciamento”, concluiu o delegado.
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