
O setor carbonífero é uma das principais atividades econômicas do Sul catarinense: responsável por mais de 21 mil empregos diretos e indiretos, o segmento mobiliza cerca de R$ 6 bilhões por ano e é a base da arrecadação de pelo menos 12 municípios no estado. Além da geração de energia e da contribuição com diversos outros ramos de atividade na região, o setor do carvão também vem desenvolvendo ações de impacto na sustentabilidade e na recuperação de áreas degradadas pela mineração.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a recuperação ambiental consiste na restituição das condições de um ambiente natural degradado ou alterado, de modo a torná-lo novamente próximo a seu estado original, em parte ou em sua totalidade. Esse é um dos objetivos do Projeto Recuperação Ambiental da Bacia Carbonífera de Santa Catarina, iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME) em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (atualmente, Ministério do Planejamento e Orçamento) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que busca restaurar a qualidade ambiental e promover o uso sustentável das áreas recuperadas.
Essa recuperação é conduzida pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), mas também por 26 empresas signatárias do Acordo de Recuperação Ambiental (ARA). Entre os principais focos estão as áreas onde eram realizadas atividades da antiga Carbonífera Treviso – 1.039 hectares de áreas mineradas a céu aberto – e da Companhia Brasileira Carbonífera de Araranguá (CBCA, uma das pioneiras na mineração em Santa Catarina, com falência decretada em 1987) – 130 ha de área minerada por lavra subterrânea –, além de regiões em que houve mineração antes de 1972.
Por meio da parceria público-privada, mais de dois mil hectares já foram recuperados na região carbonífera e mais de R$ 600 milhões já foram aplicados em ações ambientais pelas empresas que integram o ARA. As áreas recuperadas têm sido convertidas, principalmente, em parques, hortas, áreas de pesquisa, espaços de uso comunitário e até mesmo escolas para o desenvolvimento de projetos de educação ambiental, além de promoverem reflorestamento e agricultura sustentável.
Parque Diamante +Energia
Com mais de 50 hectares de área, o Parque Diamante +Energia é um dos principais polos de sustentabilidade, educação, cultura e esporte do Sul do estado. Localizado no município de Capivari de Baixo, o parque recebe mais de 100 mil visitantes anualmente e já foi palco de eventos esportivos como o Challenge Internacional de Basquete 3×3 e o World Footvolley, Super Cup Beach Tennis, além de apresentações de orquestras internacionais, como a Camerata di Venezia (Itália) e a Sinfonia de Rotterdam (Holanda).
Além de lazer, o parque também oferece à comunidade oficinas gratuitas de música, teatro e dança, e mais de 600 crianças e adolescentes fazem parte desses projetos. Reconhecido pelo Ministério da Cultura como um Ponto de Cultura, o parque tem levado seus alunos a eventos e competições internacionais, como o Universal Dance World Championship, no México.
Por meio do Programa Diamante +Educação Ambiental (PDEA), que recebe cerca de 10 mil alunos todos os anos, o parque desenvolve conscientização ambiental e eventos culturais de valorização das culturas indígenas e afro-brasileiras, bem como projetos que promovem a diversidade e a inclusão.
O parque foi desenvolvido pela Diamante Energia, mantenedora do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTLJ), também em Capivari de Baixo. Em seu interior, o CTLJ possui também, desde 1989, um horto florestal onde são cultivadas oito mil mudas de árvores, com espécies nativas da mata atlântica que são destinadas à doação para a comunidade, instituições de ensino e outras organizações públicas e privadas para que possam ser utilizadas em projetos de educação ambiental, reflorestamento e recuperação ambiental.
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