Aprovação de Lula: veja os resultados da Quaest por região, gênero, idade, escolaridade, renda e religião

Quaest: 51% desaprovam governo Lula, e 46% aprovam
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que Lula voltou a ter mais aprovação que reprovação em alguns segmentos: os que ganham até 2 salários mínimos, os católicos, os que têm 60 anos ou mais e quem tem ensino fundamental. No Nordeste, a aprovação voltou a crescer. (Veja abaixo a aprovação por segmento).
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, o governo Lula teve a melhor avaliação desde janeiro por conta da queda da inflação nos alimentos (caiu o percentual dos que acham que os preços subiram; e subiu o dos que acham que os preços caíram) e da reação ao tarifaço de Trump.
Leia mais:
51% desaprovam governo Lula, e 46% aprovam
69% dizem que Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios e da família
51% acham que interesses políticos de Trump motivaram tarifaço
64% acham que tarifaço de Trump vai aumentar preço dos alimentos no Brasil
55% acham que Bolsonaro está agindo mal no tarifaço; 46%, que Lula age mal
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Foram realizadas 12.150 entrevistas entre a última quarta-feira (13) e domingo (17).
Região
A Quaest mostra que a aprovação ao governo Lula (PT) oscilou 7 pontos para cima no Nordeste, região com maior aprovação: 60% (eram 53% em julho). A desaprovação oscilou os mesmos 7 pontos, mas para baixo, e está em 37% (eram 44%). A margem de erro para a região é de 4 pontos para mais ou menos.

Centro-Oeste e Norte, regiões apuradas em conjunto, tiveram oscilação de 4 pontos para cima na aprovação, que é de 44% (eram 40%), enquanto a desaprovação oscilou 2 pontos para baixo e é de 53% (eram 55%). Os indicadores estão tecnicamente empatados, pois a margem de erro é de 8 pontos para mais ou menos.
O Sudeste segue com mais desaprovação do que aprovação à gestão petista: 55% responderam que desaprovam (eram 56%), enquanto 42%, aprovam (eram 40%). A diferença é de 13 pontos. Em março, a distância era de 32 pontos, com 64% desaprovando e 32%, aprovando o governo Lula. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
O Sul manteve a maior desaprovação ao governo federal no país, com os mesmos 61% registrados em julho. Já a aprovação à gestão Lula na região oscilou 3 pontos para cima e foi de 35% para 38%. A margem de erro é de 6 pontos para mais ou menos.
Gênero
A avaliação do governo Lula segue em empate técnico entre as mulheres. A desaprovação segue em 49% (eram 49% em julho), e a aprovação foi de 46% em julho para 48% em agosto, uma oscilação de dois pontos para cima. A margem de erro é de 3 pontos.
Entre os homens, a desaprovação oscilou cinco pontos para baixo, dentro da margem de erro, a aprovação, cinco para cima. Com isso, a diferença entre aprovação e desaprovação caiu 9 pontos, e é a menor desde janeiro. A margem de erro é de 3 pontos.

Faixa etária
O levantamento mostra que o grupo com 60 anos ou mais voltou a aprovar mais do que desaprovar o governo Lula: 55% aprovam (eram 48% em julho), enquanto 42%, desaprovam (eram 46%). A alta de 7 pontos em um mês acabou com o empate técnico entre os indicadores, com 13 pontos de diferença pró-aprovação. A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.
O grupo de 35 a 59 anos apresenta empate técnico, em cenário idêntico ao registrado em janeiro deste ano: 52% desaprovam o governo petista (eram 52% em julho), enquanto a aprovação é de 46% (eram 44%). A oscilação de 2 pontos para cima dentro da aprovação gerou o empate dentro da margem de erro, que é de 3 pontos neste estrato.
Entre os jovens, de 16 a 34 anos, 54% desaprovam o governo federal, oscilação de 4 pontos para baixo em relação à pesquisa divulgada em março (eram 58%). A aprovação é de 43%, que oscilou 5 pontos para cima (eram 38%). Margem de erro é de 4 pontos neste segmento.

Escolaridade
Melhorou a aprovação do governo federal entre pessoas que têm até o ensino fundamental completo: a aprovação oscilou 5 pontos e está em 56% (eram 51% em julho), enquanto a desaprovação oscilou 2 pontos para baixo e está em 40% (eram 42%). A diferença nos indicadores passou de 9 para 16 pontos. A margem de erro é de 4 pontos.
Houve melhora de avaliação no grupo com ensino médio completo, mas a desaprovação segue maior: 57% desaprovam (eram 62%), enquanto 41% aprovam (eram 35%). A diferença foi de 27 para 16 pontos. Estrato tem margem de erro de 3 pontos para mais ou menos.
Piorou a avaliação para os entrevistados com ensino superior completo, na contramão do que apresentou a pesquisa anterior, com melhora na aprovação do governo e empate técnico entre os indicadores. Agora, 56% desaprovam o governo Lula (eram 53%), já 42%, aprovam (eram 45%). A diferença é de 14 pontos e a margem de erro de 4 pontos para mais ou menos.

Renda familiar
A aprovação do governo petista melhorou 9 pontos entre os mais pobres, com renda familiar até 2 salários mínimos: 55% aprovam (eram 46% em julho), enquanto 40%, desaprovam (eram 49%). Havia empate técnico no levantamento anterior e, agora, a aprovação tem 15 pontos de vantagem. Margem de erro é de 4 pontos neste grupo.
Entre os entrevistados que têm renda familiar de 2 a 5 salários mínimos houve oscilação nos dois indicadores: 54% desaprovam (eram 52%), já 44% aprovam (eram 43%). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos, o que coloca a desaprovação à frente da aprovação.
Nas famílias com renda acima de 5 salários mínimos, 60% desaprovam o governo Lula (era 61%) em julho. A aprovação neste grupo é de 39% (eram 37%). As oscilações estão dentro da margem de erro do segmento, que é de 4 pontos.

Religião
A avaliação de Lula entre os católicos voltou a ser positiva: 54% aprovam o governo (eram 51%), enquanto 44%, desaprovam (eram 45%). O resultado do segmento é o mais positivo para o governo neste ano e supera os 52% de aprovação e 45% de desaprovação registrado em janeiro. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
Houve leve oscilação entre os evangélicos, com 65% de desaprovação à gestão de Lula (eram 69% em julho), contra 31% que aprovam o trabalho do presidente (eram 28%). Com os dados, a diferença foi de 41 pontos para 34. A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Bolsa família
A aprovação da gestão Lula entre os beneficiários do Bolsa Família foi a 60% (eram 50% em julho) e a desaprovação, a 37% (eram 45%). As variações estão dentro da margem de erro, mas que era empate técnico em julho virou vantagem de 23 pontos para a aprovação.
Entre aqueles que não recebem o benefício social, 54% desaprovam o governo federal (eram 55%), contra 43% que aprovam (eram 41%). A diferença que era de 14 pontos está, agora, em 9. A margem de erro é de 3 pontos.

Avaliação do governo
A desaprovação do governo Lula (PT) oscilou dois pontos para baixo e está em 51%. A aprovação da gestão do presidente oscilou três pontos para cima e é de 46%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.

No levantamento anterior, feito pela Quaest em julho, a desaprovação apresentou recuo no limite da margem de erro e estava em 53%, enquanto a aprovação oscilou para cima e registou 40%. O movimento de oscilação se repete pela segunda vez tanto para baixo na desaprovação, quanto para cima na aprovação, com os dados divulgados nesta quarta-feira.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.