Homem que levou cachorros para passear após assassinar gari confessa crime em MG


Homem que levou cachorros para passear após assassinar gari confessa crime em MG
Reprodução/TV Globo
O assassino de um gari confessou o crime, em Belo Horizonte.
Renê da Silva Nogueira Júnior prestou depoimento no mesmo dia em que os advogados dele abandonaram a defesa.
Segundo a Polícia Civil, Renê confessou o crime. Alegou que efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito, usou a arma particular da mulher dele — a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira — e que ela não tinha conhecimento.
O gari Laudemir Fernandes foi assassinado em uma rua, em Belo Horizonte. Segundo testemunhas, Renê Júnior se irritou porque havia pouco espaço para ele passar, perto do caminhão de lixo. Ele ameaçou a motorista e acabou disparando contra Laudemir.
Imagens mostram que o empresário manteve a rotina normalmente no dia. Cerca de uma hora e meia depois de matar Leudemir, Renê foi à empresa onde trabalhava.
Ao voltar para casa, Renê Júnior foi flagrado mexendo em uma arma. Cerca de duas horas depois, ele desceu para passear com os cachorros. Estava com outra roupa — a mesma que usava quando foi detido, numa academia.
A perícia confirmou que a arma apreendida na casa de Renê Júnior é a mesma usada no crime.
A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um procedimento disciplinar para apurar uma possível omissão da delegada na guarda da arma. Ela permanece trabalhando normalmente.
O advogado da família do gari diz que a confissão é comprova o envolvimento do empresário no crime.
“A confissão dele só vem a corroborar com relação a isso e a prova da materialidade. Ele estava trabalhando e morreu de forma totalmente banal, totalmente hedionda”, diz Tiago Lenoir, advogado da família de Laudemir Fernandes.
O Ministério Público de Minas e a defesa da família do gari pediram à Justiça o bloqueio de R$ 3 milhões do empresário e da mulher dele. O pedido inclui imóveis, veículos, ativos financeiros e possíveis sociedades em empresas.
“Tem por objetivo acautelar, proteger a família da vítima para que eventual indenização, na eventualidade de uma condenação, possa ser assegurada. Que essa família possa ser indenizada a contento”, afirma Cláudio Barros, promotor de Justiça do MPMG e coordenador das Promotorias de Justiça do Tribunal do Júri.
O Jornal Nacional não localizou a nova defesa de Renê da Silva Júnior e não teve retorno da delegada Ana Paula Balbino Nogueira.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.