Sambas do Amapá avançam em concurso da Mangueira para o Carnaval 2026 no Rio


Escola de Samba Mangueira, do Rio de Janeiro, vai homenagear Mestre Sacaca
A Estação Primeira de Mangueira divulgou os sambas-enredo do Amapá que seguem na disputa por uma vaga na semifinal do concurso da escola. A competição vai definir o tema oficial do desfile no Carnaval de 2026, no Rio de Janeiro (Confira os sambas-enredo no final da reportagem).
Os sambas foram criados com base no enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”. Para isso, os compositores amapaenses passaram por oficinas e encontros de orientação promovidos pela escola de samba.
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Os sambas já estão disponíveis no YouTube, onde a comunidade pode conhecer as composições e apoiar seus favoritos. As próximas etapas da seleção acontecerão em Macapá e no Rio de Janeiro.
Mangueira divulga sambas do Amapá que disputam vaga na semifinal do concurso para o Carnaval 2026
Divulgação/GEA
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Confira os sambas-enredos classificados:
Samba 100 – Carlos Peru e Parceria
Compositores: Graça Senna, João Ataíde e Carlos Peru.
O surdo um da Mangueira,
Se faz presente no norte do Brasil!
Mestre Sacaca, a entidade está aqui (diz aí)
É a Amazônia Negra na Sapucaí!
Vem, no ritual do turé, meu irmão,
Que a mata canta em consagração.
O saber do caboclo é poesia,
Encantaria, cura e devoção.
Vou na linha Caripuna,
Palikur, Wajāpi, lahen já está pronta pra servir o caxixi.
Segue a viagem entre mitos e emoções,
Na correnteza dos ríos, deixa as águas me levar.
Buscar memórias negras
E as mulheres do lugar,
Experiências vividas no meio dos castanhais.
Ó, Ó, Ó, Sacaca, és a magia da floresta.
A Mangueira faz a festa,
Com a cultura do Amapá
Eita! É pra curtir,
As histórias envolventes
Do Oiapoque ao Jari!
Ewê, Ewê, E okearő!
Ó xamã babalaô!
Vim pra te exaltar.
Pelas garrafadas das ervas que curam
E a mandinga do seu patuá.
Vou no chamado que me guia, pra dançar o çairê,
Tocador dobra essa caixa, faz o breque eu e você
Corre, nego! Pega, nego!
Vem pro toque do tambor,
Na gira do Marabaixo,
Que o Divino abençoou!
É carnaval
Salve o eterno rei Momo tucujú
Guardião da sagrada bandeira,
Mastro das raízes ancestrais.
Entre tranças, nagôs e os cocais
A personalidade brasileira,
Enredo da Estação Primeira.
Samba 101 – Helen Veras e Parceria
Compositores: Helen Veras de Meneses Filho e Sebrin
A floresta possui segredos somente os sábios curandeiros
Conhecem o milagre
da rica biodiversidade
A arte ancestral
o poder espiritual
Ao som das flautas de Bambú
A verde e rosa se pinta de jenipapo e urucum
O Pakará tem maracá – gengibirra e caxiri pra embriagar
Tawari pra viajar
o Turé vai começar
Das aguas do Uaçá, Jari, Curipi – a ternura Caripuna, e Galibi
A fé abre os caminhos pra mergulhar nos mitos afro-ribeirinhos do Amapá
Magia e encantaria de engarrafar a floresta
Curandeiro defuma a Sapucaí
Mestre Sacaca – Xamā Babalaô……..ô
Guardião da Amazônia Negra
Canta Estação Primeira
Da macacauba – o som faz ecoar
A música dos ancestrais
O marabaixo reuni a comunidade afro-amapaense para dançar
Bate caixa estremece o chão em Mazagão velho a festa de São Thiago
A força da cultura da favela e do laguinho
Salve a santíssima trindade e o divino
O Senhor da floresta que partiu pra ficar
Na alma do povo Tucuju
Virou Amapazeiro encantado
Gigante como o Tumucumaque
imortal como o samba
que lá do alto o morro canta
Sou Verde e Rosa
Sou a Estação Primeira
Eu nasci pra ser Mangueira
Samba 102 – Inês Vale e Parceria
Compositores: Sandra Lima, Inês Ramos e Taty Maramaldo
Ô tô tô tô, ô é xamã babalaô
Ô tô tô tô, ô é sacaca curandeiro
Ô tô tô, ô é o Amapá nessa avenida outra vez
Ô ô, na mata ecoa o tambor
É sacaca quem chegou, com saber de raízes. (bis)
Mangueira chegou
Firmando o ponto com xamã babalaô
Mangueira chegou, berço do samba
Sou xamã babalaô
Estou no turé
Bailando com a samaúma centenária
Vai um gole aí?
Na minha cuia do meu próprio caxixi
Ô ô, na mata ecoa o tambor
É sacaca quem chegou, com saber de raízes. (bis)
Quem benzeu a reza foi o doutor da floresta,
Tirando do seu povo lindo todo tipo de moléstia
Tinha ciência e samba no pé.
Rei Momo, fantasia e muita fé.
Ô tô tô tô, ô é xamã babalaô
Ô tô tô tô, ô é sacaca curandeiro
Ô tô tô, ô é o Amapá nessa avenida outra vez (bis)
É a Estação Primeira cantando a ciência caseira
É com a gengibirra que me sinto forte
Porque eu sou do Norte
Me traz a gengibirra que me sinto forte
Porque eu sou do Norte
Rosa branca açucena lê lê, case com a moça morena lê lê
Roda a saia açucena lê lê, roda a saia açucena…
No açaí corre o sangue dessa terra tucuju
Subindo os Sumanos, o rio Curiaú
Benzidos e felizes da marabaixeira (bis)
Saravá pro verde e o boto rosa na Mangueira!
Ô ô, na mata ecoa o tambor
É sacaca quem chegou, com saber de raízes (bis)
Samba 103 – Verônica dos Tambores e Parceria
Compositores: Verônica dos Tambores e parceria
Samba 104 – Higo Moreira e Parceria
Compositores: Higo Moreira e parceria
Samba 105 – Francisco Lino e Parceria
Compositores: Francisco Lino e parceria
*Estagiário sob supervisão do editor Rafael Aleixo.
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