
Durante dois dias, ela realizou sozinha a criação do programa de apoio para estudo do Enem
O que as pessoas podem fazer em um período de 48 horas? Normalmente elas trabalham, estudam e praticam atividades de lazer. Mas para uma universitária bauruense, esse mesmo tempo de dois dias foi utilizado para a criação de um software de estudo para o Enem, que foi vencedor de um prêmio global do Google.
A história de sucesso é da jovem Giovanna Moeller, de 24 anos, que é graduanda de Sistemas de Informação da Unesp da cidade e desenvolveu o programa “Edu.Ai”.
Giovanna Moeller, de 24 anos, é graduanda de Sistemas da Informação na Unesp da cidade
Imagens Cedidas/Reprodução
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Em entrevista ao g1, Giovanna conta que estava navegando por uma plataforma internacional de competições na área de tecnologia, chamada de DevPost, quando encontrou a competição do Google e decidiu participar.
“Lembro que eu estava navegando na plataforma quando vi essa competição, e pensei que era uma oportunidade maravilhosa.”
Giovanna ainda explica a premiação aconteceu dentro de uma plataforma do Google, conhecida como “Google Cloud Hackathon”, de forma online.
“O evento global reuniu mais de 10 mil participantes inscritos. O desafio era criar soluções inovadoras usando o Agent Development Kit (ADK), uma tecnologia nova do Google para desenvolvimento de sistemas multiagentes”, explica a estudante.
Software criado em dois dias foi vencedor de um prêmio global do Google
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Desenvolvimento do programa
Giovanna teve um processo de desenvolvimento cauteloso e ágil. Durante apenas dois dias, ela realizou sozinha a criação do programa de apoio para estudo do Enem.
Durante apenas dois dias, ela realizou sozinha a criação do programa de apoio para estudo do Enem
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“Eu desenvolvi o Edu.AI sozinha em 48 horas, estruturando um ecossistema de oito agentes para corrigir redações, gerar simulados, criar conteúdo didático e muito mais”, explica.
Também de acordo com ela, o reconhecimento internacional está ligado com a premiação vencedora.
“O reconhecimento internacional veio quando o projeto foi escolhido como um dos vencedores, o melhor projeto da América Latina. Hoje, mantenho conexões com profissionais e instituições do exterior e participo de eventos e iniciativas que ultrapassam fronteiras”, conta a estudante.
O reconhecimento internacional está ligado com a premiação vencedora, segundo Giovanna
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Interesse em tecnologia
A tecnologia esteve presente na vida de Giovanna desde sempre. Ainda na infância, ela aproveitava a curiosidade para fuçar e aprender sozinha a mexer em computadores. No ensino técnico em informática, ela conta teve o primeiro contato sério com a programação.
A tecnologia esteve presente na vida de Giovanna desde sempre
Arquivo pessoal
“Foi mais uma descoberta natural. No ensino técnico em informática, tive meu primeiro contato mais sério com programação e me encantei. A partir daí, vi que poderia transformar ideias em soluções reais e que a tecnologia seria minha ferramenta para impactar positivamente a vida das pessoas”, relata.
Com a conquista do prêmio global, Giovanna expressou a felicidade de poder representar o Brasil, mas principalmente o interior de São Paulo, em uma competição mundial.
“Foi uma honra enorme. Muitas vezes, as grandes histórias da tecnologia parecem acontecer só nos grandes centros, e estar lá, mostrando que também temos inovação e talento fora desse eixo, foi muito especial. Carregar a bandeira do país e da minha cidade nesse contexto me encheu de orgulho e reforçou minha vontade de criar oportunidades para outros jovens da região.”
Ela também teve a oportunidade de mostrar todo o seu projeto para o vice-presidente de engenharia de software da Apple, Craig Federighi. Veja o vídeo abaixo.
Giovanna mostrou o projeto ao vice-presidente de engenharia de software da Apple
Futuro na tecnologia
A estudante também revela que os próximos passos envolvem lançar a versão pública do Edu.AI, em parceria com a Nero.AI – a startup onde trabalha atualmente -, e possivelmente com outras instituições.
Giovanna afirma que tem interesse em desenvolver soluções de impacto social, incentivando a presença de mais mulheres na tecnologia e criando espaços mais inclusivos e colaborativos.
“Também quero expandir a plataforma para outros vestibulares e concursos, levar a tecnologia para escolas públicas e ONGs, e consolidar essa frente educacional como um projeto contínuo.”
Giovanna participou da competição com outros 10 mil inscritos
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*Sob supervisão de Mariana Bonora
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