Entenda o que é ‘adultização’ de crianças e adolescentes; saiba como denunciar crimes em Juiz de Fora


Vídeo sobre adultização do influenciador Felca teve quase 34 milhões de visualizações no YouTube
Reprodução/Youtube/Felcaseita
As discussões em torno da exposição e a exploração de crianças e adolescentes se intensificaram na última semana, após o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, fazer um alerta sobre a chamada “adultização” de menores de idade nas plataformas.
O vídeo também denuncia como a busca por dinheiro através da monetização e o funcionamento dos algoritmos das redes sociais contribuem para crimes contra crianças e adolescentes. O conteúdo viralizou na internet e já teve mais de 30 milhões de visualizações.
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Exposição afeta comportamento e desenvolvimento de crianças e adolescentes
Segundo especialistas, a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais pode afetar diretamente o comportamento e o desenvolvimentos desses jovens.
A psicóloga infantil, Larissa Assis, explica que a adultização é quando a criança entra em contato com conteúdos e responsabilidades que não são pertinentes com a idade dela.
“Isso abre um leque para várias coisas que a gente percebe que podem adultizar, mas que no primeiro momento a gente não vê maldade, como uso de maquiagem, meninas indo a salão, se preocupando com cabelo. Crianças que cuidam de irmãos mais velhos, então quando eu transfiro isso para uma criança já é adultização”, explicou.
A profissional alerta, ainda, que quando é postado conteúdos de crianças em rede, na maioria das vezes se perde o controle sobre o que vai acontecer com aquele material.
“Criança tem que brincar, ter contato com o mundo de forma leve, até porque elas não têm o cérebro desenvolvido para isso, então eles podem até pedir para gravar vídeos e assistir certos conteúdos, mas cabe ao adulto limitar este acesso. Rede social não é o melhor lugar para se estar crianças e adolescentes e é preciso supervisão”, completou.
Onde denunciar?
Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar
Se você identificou sinal de violência em alguma criança, o primeiro passo é ouvi-la sem julgamentos e acolhê-la, estabelecendo uma relação de confiança e proteção. É importante que ela entenda que não vai ser punida se contar alguma situação ruim pela qual está passando. Isso porque muitas das vítimas de abuso ou maus-tratos sofrem ameaças para não revelar a violência.
Depois de ouvir o relato, é preciso encaminhar a denúncia aos órgãos competentes. Veja alguns canais de denúncia:
Polícia Miliar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Conselho tutelar: deve ser acionado sempre que se perceba abuso ou situações de risco contra a criança ou o adolescente, como, por exemplo, em casos de violência física ou emocional. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito. Veja aqui os contatos dos conselhos em Juiz de Fora;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público: as denúncias podem ser feitas na Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente da cidade em que o caso foi identificado ou pela Ouvidoria do MPMG, que encaminhará o caso à respectiva Promotoria.
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