Rodrigo Maia diz que proposta na Câmara sobre prazo de inquérito é mais ‘fácil de justificar’


Maia diz que proposta na Câmara sobre prazo de inquérito é mais ‘fácil de justificar’
Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia afirmou que a proposta que coloca prazos limites para inquéritos é tem caminho mais fácil de ter tramitação justificável na Casa. A declaração foi dada em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
“O prazo de inquérito talvez seja uma coisa que seja bastante fácil de justificar e para todos é importante, tanto para um ministro que relata quanto para uma pessoa que está sendo investigada no inquérito. Coisas assim mais simples e, de fato, melhora uma tramitação de uma investigação”, disse Maia.
O ex-deputado presidiu a Casa por dois mandatos, de 2016 a 2021, durante os governo de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Ele citou que foi alto de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o fim de seu mandato, segundo ele, por conta de ser oposição a Bolsonaro.
“Prazo para inquérito é importante para todo mundo. Eu mesmo fui vítima de um inquérito, que inclusive foi reaberto pelo procurador-geral anterior apenas com o objetivo de me deixar em uma posição desconfortável como um político de oposição ao governo anterior”, afirmou.
O ex-deputado tratou de propostas defendidas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que realizaram motim na semana passada, após a decretação de sua prisão domiciliar. Eles impediram a entrada de outros parlamentares no plenário da Câmara, entre eles a entrada do presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A tentativa dos deputados bolsonaristas é avançar pautas que beneficiem o ex-presidente, como anistia para investigados e condenados por golpe de estado, pelos ataques do 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado — para fazer com que investigações de políticos, como Bolsonaro, deixem se acontecer no Supremo Tribunal Federal (STF) e passem para juízes de 1ª instância.
Na sexta-feira (8), a Mesa Diretora adiou a decisão de pedir a suspensão de 14 deputados envolvidos no motim. Motta aguarda um parecer do corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), antes de mandar as representações para o Conselho de Ética.
[Post em atualização]
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