
Palmeiras pede abertura de inquérito policial para investigar ataques ao Centro de Treinamento, é o quarto ataque a clubes de futebol nos últimos meses
A repetição de atos de violência e de vandalismo, que tem sido registrado no futebol, levou o Palmeiras a pedir abertura de inquérito policial. O advogado criminalista que representa a equipe paulista reuniu imagens e informações para dar embasamento à medida.
“Pelo fato de termos um segurança na guarita, [que] por pouco, não foi atingido pelos fogos. Entendemos que pode ter um caso aqui de periclitação da vida, crime de dano contra o patrimônio da Sociedade Esportiva Palmeiras, e vão analisar a questão para ver se temos até um crime de incêndio”, declarou o advogado Euro Maciel Filho.
O caso ocorreu na madrugada de sábado para domingo. Câmeras de segurança gravaram o momento em que ao menos cinco pessoas lançaram explosivos na entrada da academia de futebol, onde a delegação estava concentrada. Não houve feridos.
Câmeras de segurança gravaram o momento em que ao menos cinco pessoas lançaram explosivos na entrada da academia de futebol, onde a delegação estava concentrada. Não houve feridos.
Jornal Nacional
Torcedores protestaram ao longo da semana depois da eliminação do Palmeiras em casa contra o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil. O clube está em terceiro lugar no Brasileirão com um jogo a menos que o líder Flamengo e teve a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores.
No domingo, o time venceu o Ceará por 2 a 1, pelo Brasileirão. Mas o caso não foi esquecido pelos atletas. O atacante do Palmeiras Flaco López afirmou: “Acordei na madrugada com isso, acho que é uma falta de respeito. Cada um tem a consciência do que faz. A gente está tranquilo, vai continuar fazendo o trabalhando.”
Leila Pereira, presidente do clube, disse nesta segunda-feira (11) que o ataque ao centro de treinamento extrapolou os limites do que pode ser tolerado na cobrança por melhores resultados.
“Para combatermos esse tipo de vandalismo, de bandidagem, é com punições severas. É tirar essas pessoas do convívio da sociedade”, afirmou Leila.
O que ocorreu com o Palmeiras não foi um caso isolado. Nesta temporada, outros clubes também precisaram recorrer à polícia por conta de vandalismo e invasão de áreas particulares, destinadas a atletas ou associados.
Em julho, torcedores do Sport ocuparam o centro de treinamento, ameaçando jogadores e funcionários. O clube acionou a Polícia Militar e o Ministério Público, pediu investigação e punição aos responsáveis.
Em junho, integrantes de torcidas organizadas do Corinthians invadiram o Parque São Jorge, sede social e administrativa, para protestar contra a gestão do futebol da equipe. A polícia foi acionada, mas ninguém foi detido. Em abril, o palco foi o centro de treinamento do Santos. Cerca de 100 torcedores invadiram o local e correram em direção ao elenco. A Polícia Militar precisou ser chamada.
Ninguém foi preso nessas ações, um desfecho que o Palmeiras quer evitar.
“Só assim, com punições severas, vamos poder dizer que o futebol é um ambiente familiar, onde possamos levar nossos filhos, nossas famílias. Não com esse bando de marginal solto por aí”, concluiu Leila Pereira.