Em releitura de conto infantil com reflexões atemporais, Companhia do Café apresenta espetáculo ‘A Última Roupa do Rei’, em Presidente Prudente


‘A Última Roupa do Rei’ será neste domingo (8), em Presidente Prudente (SP)
Ricardo Martins e Mayara Marini
Em uma adaptação contemporânea do conto “A roupa nova do imperador”, de Hans Christian Andersen (1805-1875), neste domingo (10), às 16h, a Companhia do Café apresenta o espetáculo infantil “A Última Roupa do Rei”, na Área de Convivência do Sesc Thermas, em Presidente Prudente (SP).
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Na história, um reino dominado pelo vaidoso Rei, que gasta toda sua riqueza para investir em trajes extravagantes, é surpreendido pela chegada de dois forasteiros tecelões, que prometem um tecido mágico, visível apenas para os inteligentes.
A narrativa se desenrola com a participação de figuras do reino, como o Bispo, o General e o Primeiro-Ministro, encarregados de verificar a confecção, além das personagens populares Delfina, Adelaide e Rosário, que dão voz às opiniões do povo.
O grupo teatral, fundado em 2017, é composto atualmente por Bruna Weinrebe, Fabi Mengarda, Filipe Borges e Josi Martins, e tem em seu repertório espetáculos para diferentes faixas etárias.
“Somos um coletivo teatral que agrega artistas que, assim como a origem da palavra “café”, transbordam vigor e força para, por meio da arte teatral, discutir temas como pertencimento, ruídos entre o mundo físico e virtual, entre outros assuntos contemporâneos pertinentes ao público infantojuvenil”, definiu a atriz Bruna Weinrebe.
Ao g1, a atriz e produtora Josi Martins explicou que a peça teatral provoca os espectadores, sobretudo, as crianças a questionarem o que é real e verdadeiro.
“Essa provocação traz inúmeras reflexões sobre coisas bem simples, como uma brincadeira entre amigos e uma desonestidade, até questões mais complexas, mas não menos cotidianas, como a manipulação das mídias, dos governantes e assim por diante”, pontuou.
Além disso, ela definiu que as lições presentes no conto são as mesmas de antigamente.
“É preciso estar atento e desenvolver o pensamento crítico para não ser enganado e manipulado. Nesta encenação, não é só tecido que é invisível. Outro elemento (que não vamos dar spoiler aqui também)”, afirmou a produtora.
Josi ainda explicou que o teatro é uma arte analógica, que oferece o encontro, o calor humano direto e as percepções corporais e espaciais para quem é público.
“É inato no humano o perceber o outro, o espaço e o teatro traz isso. É claro que é importante criar o hábito de ver teatro, principalmente, em crianças, assim como nós naturalmente criamos o hábito de assistir ao futebol. Aqui entra a importância da educação, cultura e políticas públicas”, destacou ao g1 sobre o interesse da população na arte.
Além disso, ela definiu que “o teatro sempre vai provocar a atenção do público e precisa se adaptar um pouco às novas gerações, mas isso sempre aconteceu no decorrer da história da humanidade”.
“Já ‘os olhos que não desgrudam das telas’ também são hábitos de menos de 20 anos. Para uma criança que é refém das telas sempre é bom perguntar: ‘Cadê os responsáveis que deixaram isso acontecer?’ Os desafios que surgem não são só do teatro, mas da sociedade inteira em controlar o efeito das telas nas crianças”, refletiu ao g1.
‘A Última Roupa do Rei’ será neste domingo (8), em Presidente Prudente (SP)
Ricardo Martins e Mayara Marini
Serviço
O Sesc Thermas fica na Rua Alberto Peters, nº 111, no Jardim das Rosas, em Presidente Prudente.
O telefone é o (18) 3226-0400.
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