
Jovem autista morre após ser atropelado por carro em Piumhi, MG
Júlio César Barbosa Criscoulo, de 20 anos, morreu após ser atropelado por um carro em alta velocidade enquanto atravessava a rua para voltar ao trailer onde faria um lanche com a mãe e o padrasto, em Piumhi, no Centro-Oeste de Minas. O motorista fugiu sem prestar socorro, mas se apresentou à polícia dois dias depois.
Um vídeo mostra o momento do atropelamento, perto da Praça Dr. Avelino de Queiroz. O acidente aconteceu no último sábado (2) e causou comoção entre os moradores da cidade. (vídeo acima)
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Segundo a família, Júlio havia ido ao banheiro de um bar localizado em frente ao trailer. Ao tentar voltar, foi violentamente atingido por um carro. Com o impacto, ele foi arremessado ao chão e ficou caído até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Júlio foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Jovem autista morre após ser atropelado por carro em Piumhi
Reprodução/Redes sociais
Lanche em família
A irmã da vítima, Thaís Barbosa Silva, contou que Júlio era autista, frequentava a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Piumhi e estava sempre ao lado da mãe. Naquele dia, ele, a mãe e o padrasto estavam juntos na praça e se preparavam para comer um lanche.
“Ele estava sentado com minha mãe e meu padrasto. Eles estavam passeando, vendo o movimento, e depois iam comer alguma coisa. Meu irmão pediu à minha mãe para ir ao banheiro, e ela deixou, ainda disse para ele tomar cuidado. Quando estava voltando, o carro pegou ele”.
“O motorista não parou, não freou, simplesmente passou por cima. Foi como se tivesse atropelado um cachorro. Um covarde. O mínimo que esperamos agora é justiça”, desabafou.
Thaís também disse acreditar que o irmão poderia ter sobrevivido se o socorro tivesse sido prestado imediatamente.
“Se ele tivesse parado e prestado socorro imediato, talvez meu irmão tivesse escapado. Era só ele ter parado e levado meu irmão correndo para o hospital. Estamos todos destruídos. Minha mãe, coitada, está sem chão. Eles eram grudados, 24 horas juntos. Agora, ela só chora. Está destruída”, completou.
Segundo a Polícia Militar (PM), o motorista — que não teve o nome divulgado — fugiu sem prestar socorro. Ele se apresentou espontaneamente na delegacia na tarde de segunda-feira (4), dois dias após o atropelamento, quando prestou depoimento e foi liberado.
A Polícia Civil informou que abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do acidente.
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